Os investimentos em recursos para o crédito rural, no acumulado da safra brasileira 2022/23, e referentes ao período de julho de 2022 a março deste ano, alcançaram R$ 267.518 bilhões. O volume é 21,40% maior em relação aos R$ 220.419 bilhões registrados no mesmo período da safra 2021/22. As informações foram compiladas do Banco Central.
Desse total, R$ 160.059 bilhões ou 59,80%, foram destinados ao custeio da produção, número 41,30% maior que os R$ 113.300 bilhões no mesmo período da safra passada. Para as linhas de investimento foram liberadas R$ 72.661 bilhões (27,20% do total), o que significou um aumento de 7,22% em relação aos R$ 67.771 bilhões de um ano atrás.
Para as linhas de comercialização, os investimentos chegaram a R$ 21.701 bilhões (8,11%), ou seja, 15,70% menos do que os R$ 25.747 bilhões liberados há um ano. Quanto ao crédito para industrialização, foram R$ 13.096 bilhões, (4,90%), 3,70% abaixo dos R$ 13.599 bilhões no acumulado no último ciclo.
Se por um lado os desembolsos foram mais atraentes, o número de contratos fechados de julho de 2022 a março de 2023 registrou queda de 0,85%, de 1.486.619 verificados no início de março do ano passado, para 1.473.837 agora.
Os dados do Banco Central sinalizaram que os contratos para custeio da safra aumentaram 13% na comparação dos dois períodos, em proporção menor do que o aumento em valor concedido, de 666.938 para 753.571.
Contratos de crédito
Com relação aos contratos de crédito, os investimentos diminuíram 12,70%, de 803.203 para 701.105, apesar de o montante emprestado para essa finalidade ter aumentado.
Além disso, houve aumento de 15,80% no número de contratos de financiamento para comercialização, de 15.355 para 17.780, e de 23% nos contratos de industrialização, de 1.123 para 1.381, apesar da redução do montante emprestado para esses setores.
Programas
No Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), os desembolsos tiveram aumento de 29,20% no acumulado da safra, somando R$ 43.137 bilhões, em relação aos R$ 33.377 bilhões de um ano atrás. No entanto, o número de contratos diminuiu 3,50%, de 1.107.813 contabilizados de julho de 2021 a março de 2022, para 1.069.286 entre julho de 2022 e março de 2023.
Já em relação ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), o aumento no volume foi de 58%, de R$ 25.231 bilhões há um ano para R$ 39.869 bilhões em 2023. Houve também aumento do número de contratos, de 26,70%, de 132.349 no ano passado para 167.745.
Quanto ao programa ABC+, que promove a baixa emissão de carbono, o volume de recursos liberado aumentou de R$ 2.971 bilhões para R$ 3.544 bilhões (19,30%), entre uma safra e outra até esse ano,
Por fim, para o PCA, que financia projetos de armazenagem, o crédito concedido teve alta de 28%, passando de R$ 1.999 bilhão em março de 2022 para R$ 2.559 bilhões no mesmo período deste ano.
