Rally da Safra 2020 vai a campo com perspectiva de produção de 124.3 milhões de toneladas de soja

O Rally da Safra 2020 começa nesta segunda-feira, 13 de janeiro, a avaliar as condições das lavouras do País. Os técnicos partem com a perspectiva de encontrar boas produtividades de soja. A estimativa inicial é de uma safra de 124.3 milhões de toneladas, 4,60% maior do que a colhida em 2018/19. O fato de o plantio não ter sido tão antecipado quanto na safra anterior causou preocupações no início da temporada, mas a regularização do clima desde então nas principais regiões produtoras foi favorável ao desenvolvimento das lavouras.

“Vamos a campo com expectativa de encontrar uma safra positiva”, disse André Pessôa, sócio diretor da Agroconsult, organizadora do Rally da Safra. A área plantada de soja no Brasil deve crescer 2,20% em relação à safra anterior, alcançando a 36.7 milhões de hectares, segundo estimativas da Agroconsult. Segundo a perspectiva pré-Rally, a produtividade também aumentará, saindo de 55,2 sacas/hectare na temporada 2018/19 para 56,5 sacas/hectare nesta safra.

A Equipe 1 do Rally da Safra percorrerá o Médio-Norte do Mato Grosso, onde as primeiras áreas de soja começaram a ser colhidas no fim de dezembro. Os produtores do Estado mantêm alta expectativa. Há chances de estabelecer um novo recorde de produção. O plantio foi realizado no calendário ideal e, desde então, chove com regularidade. Nesse cenário, as equipes estarão em campo na próxima semana para avaliar o desempenho das variedades precoces e as condições climáticas durante a colheita, entre outros aspectos.

Há algumas exceções ao quadro geral positivo. Produtores do Oeste do Paraná e do Sul do Mato Grosso do Sul enfrentaram um período seco relativamente prolongado em setembro e outubro. Na prática, a principal consequência foi o atraso no plantio da soja, prejudicando o calendário do milho segunda safra nas áreas com semeadura foi mais tardia.

Para a soja, os principais problemas recaem apenas nas primeiras lavouras semeadas, onde o potencial produtivo foi prejudicado, numa proporção menor, no entanto, do que na safra passada, quando áreas dessas mesmas regiões foram afetadas por estiagem em dezembro de 2018, num período em que boa parte delas já estava em estágios de desenvolvimento mais críticos para a produtividade.

No Mato Grosso do Sul, as equipes da expedição avaliarão o impacto da seca no Sul do Estado e o potencial produtivo no Norte. No Paraná, os técnicos irão verificar principalmente a recuperação das lavouras afetadas pela seca.

Outra região em que pode haver perda de potencial é o Rio Grande do Sul, onde chove pouco desde dezembro, afetando as áreas de soja mais precoce. Devido à seca, parte das lavouras do Sul do Estado ainda não germinaram, alguns talhões não chegaram a ser plantados. Durante as visitas do Rally, técnicos vão monitorar o impacto da seca no Sul e o potencial produtivo das demais regiões do Estado, bem como as condições climáticas em fevereiro e março.

“A perspectiva atual é que os problemas estão localizados no Oeste do Paraná, no Sul do Mato Grosso do Sul e, agora, no Rio Grande do Sul”, disse o coordenador do Rally. “Mas de maneira geral a região Centro-Oeste está indo bem, assim como o MAPITO-BA.”

Com relação ao milho segunda safra, a Agroconsult estima produção de 74 milhões de toneladas, contra 76.7 milhões de toneladas na safra passada. A estimativa inicial é que a produtividade chegue a 95 sacas por hectare, retornando à linha de tendência depois dos excelentes resultados da temporada passada, quando a média colhida foi de 101 sacos por hectare. A área plantada deverá aumentar 3%, para 13 milhões de hectares.

Agroconsult

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