A crescente diminuição no volume da carne de suínos na indústria vem causando uma preocupação em escala global. Para o Rabobank existem vários fatores que estão diminuindo a exportação mundial de carne de porco, como a disputa entre China e Estados Unidos e riscos de doenças afetando o produto nos continentes asiático, africano e europeu.
A disputa comercial entre a China e os EUA pode ser considerada um dos principais desafios que a indústria de suínos poderá enfrentar nos próximos meses.
Segundo Christine McCracken, analista sênior de proteína animal, é preciso agilidade para conseguir estabilizar o mercado e paciência para esperar melhor visibilidade depois das negociações do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta).
“O aumento potencial da disputa comercial da China com as negociações de modernização do Nafta em curso, cria um senso de risco mais alto”, disse McCracken.
A ameaça de doenças, mesmo oriundas de países africanos, também influencia diretamente todos os mercados, já que esse produto está sendo exportado em baixa e não consegue suprir o mercado da União Europeia e a grande demanda da China.
“A doença também faz parte desta incerteza, incluindo a ameaça da peste suína africana (FSA) na Europa”, afirmou McCracken.
Alguns outros problemas também colaboram para o agravamento da situação como os preços de suínos na China, que caíram 30% em relação ao ano que passou, anulando as tarifas da carne dos EUA e ficando abaixo do preço da ração.
Já no Brasil o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) registrou queda de 23% no volume das exportações de março e 19% no preço da carne de porco em geral.
Fonte: Agrolink
