Queda no preço médio afetou receita cambial das carnes no 1º semestre

As exportações brasileiras de carnes completaram o primeiro semestre de 2016 em situação bem diferente da observada nos mesmos seis meses de 2015.

Para começar, há um ano o período foi encerrado com queda de volume superior a 3% porque, então, apenas as carnes de frango e de peru registraram pequeno incremento em relação a idêntico período anterior (de 2,6% e de 7,8%, respectivamente).

Desta vez, a carne de peru enfrentou recuo de volume (-2,25%). Em contrapartida, os embarques de carne de frango aumentaram 14%, enquanto os de carne bovina e suína, negativos há um ano, se expandiram à razão de 12% e 56%, respectivamente. Daí o aumento global, para as quatro carnes, de pouco mais de 16%.

O que praticamente nada mudou em relação ao ano anterior foi o preço médio. Já negativo no primeiro semestre de 2015 (a única exceção, então, esteve com a carne bovina industrializada), permaneceu generalizadamente em baixa neste último semestre (a exceção, agora, foram os in natura de carne de peru), fazendo com que na média geral houvesse recuo de quase 13,5% no preço médio (ou quase um quarto a menos que no 1º semestre de 2014, o que dá melhor percepção da dimensão da queda de preço das carnes exportadas pelo Brasil).

O efeito disso, naturalmente, recai sobre a receita cambial, apenas 0,5% maior que a registrada no primeiro semestre de 2015. Isto, por conta, essencialmente, do grande aumento de volume da carne suína, o que garantiu ao produto aumento de receita de mais de 15%. Enquanto isso, a receita da carne bovina aumentou apenas 0,75% e a das carnes avícolas permaneceu negativa (a do frango, em pouco mais de 1%, a do peru, em 8,1%).

 

Fonte: AviSite

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