Queda do dólar deve dar continuidade de alta nos preços da soja

Clima no centro das atenções

Com a maior parte da área estimadas já plantada, o mercado agora está voltando a sua atenção para as condições climáticas nos Estados Unidos. Os modelos climáticos indicam um aumento na temperatura e uma escassez de chuvas nos próximos 7 dias na região agrícola dos Estados Unidos. Regiões como o Norte de Oklahoma, o estado de Kansas, Nebraska, Dakota do Sul e uma parte do Leste de Iowa podem enfrentar um risco maior de seca, caso não ocorram chuvas para beneficiar as lavouras nesses estados. Se esse cenário se confirmar, pode levar a novas altas nas cotações em Chicago.

Fundos pessimistas com a soja

Os fundos reduziram as suas posições compradas da soja em Chicago. Segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição líquida comprada diminuiu 56,20% no período. Caso esse ritmo continue, há grandes chances dos fundos ficarem vendidos, fato que aconteceu em 2020, com o início da pandemia.

A relação de troca ainda é favorável

Com a queda acentuada nas cotações dos fertilizantes, principalmente: Ureia, NPK e MAP, as condições ficaram favoráveis para a troca por fertilizantes, mesmo com a queda de Chicago. A relação está abaixo da média dos últimos 5 anos e isso contribui para o barateamento dos custos para a próxima safra.

Os prêmios da soja no Brasil podem voltar a cair

Com o início da colheita do milho segunda safra, os armazéns já estão solicitando a retirada dos grãos de soja, o que geralmente ocorre na segunda quinzena de junho. Além disso, o mês de junho foi marcado por poucas compras da China, pois o país tem se concentrado no trigo para produção de ração e no óleo de palma para consumo de óleo vegetal. Com esses pontos alinhados, se espera uma oferta significativa no mercado no próximo mês, porém, sem uma demanda adequada para absorver o volume, o que provavelmente resultará em uma queda nos preços da soja no mercado físico.

Data limite para renegociar a dívida nos EUA

Mais reuniões deverão acontecer nesta semana, para determinar o rumo da dívida trilionária dos Estados Unidos, que vem aumentando os temores de calote e recessão. Os dois presidentes possuem o prazo para apresentar uma solução até a próxima quinta-feira (01/06), indicando se irão aumentar o teto da dívida ou prorrogar seu pagamento.

Revisão da geração de empregos nos EUA

Na próxima sexta-feira (02/06), será divulgado o relatório de geração de empregos não agrícolas (payroll), e o mercado espera um aumento dos números. Os dados serão fundamentais para determinar o rumo da economia dos Estados Unidos, pois influenciará diretamente nas decisões do Fed para as taxas de juros. Diante de todo este cenário, se espera uma queda do dólar no Brasil e uma continuidade de alta nos preços, diante das instabilidades climáticas nos EUA.

Fonte: Agrolink

 

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp