Independente do estranhamento que continuem causando em relação aos resultados de abril, os números da Secex/Mdic relativos às exportações de carne de frango apontam quedas em importantes mercados atendidos pelo produto brasileiro. A mais significativa, sem dúvida, é a da Arábia Saudita, cujas compras neste ano (quatro meses) são quase 50.000 toneladas menores, implicando em uma redução anual superior a 20%. Outro exemplo é o do Japão, país que registra queda de, aproximadamente, 9% no volume importado e de mais de 10% na receita cambial proporcionada.
É verdade que, ora ocupando o segundo posto (um ano atrás pertencente ao Japão), a China aumentou suas importações em mais de 8%. Note-se, porém, que o produto destinado a Hong Kong recuou 11%, o que faz com que a carne de frango enviada ao mercado chinês permaneça praticamente no mesmo nível do primeiro quadrimestre de 2017 (diferença, a mais, de pouco mais de meio por cento).
O lado bom da história é que o quadro dos 10 principais importadores tem um novo e ansiosamente aguardado integrante: o México, cujas compras nesses quatro meses praticamente dobraram em relação ao mesmo período do ano passado, fazendo com que o país saltasse da 21ª para a 8ª posição.
Por ora, apenas México e Coreia do Sul (que passou a integrar o ranking em março passado), são novidade no grupo dos 10 maiores importadores. O que significa que somente dois importadores saíram desse rol. Ou, mais exatamente, Holanda (7º lugar no primeiro quadrimestre de 2017) e Rússia (10º lugar). E a saída de ambos do grupo ocorreu porque a Holanda reduziu suas importações em 45% e a Rússia em 32%.
Aliás, foi no conjunto dos “demais importadores” (um total de 121 países) que ocorreram os maiores recuos. Pois, entre os 10 primeiros, a queda não foi muito além de 4%. Já os “demais” registram redução de, praticamente, 20%.
A registrar, de toda forma, que comparativamente aos mesmos quatro meses de 2017, neste ano o Brasil aumentou o número de países atendidos. De 123 para 131.
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