Quatro dos cinco BRICs respondem por um terço da produção mundial de carnes avícolas

Estudo da OCDE/FAO aponta que um terço da produção mundial de carnes avícolas (leia-se: principalmente de frango) está nas mãos dos quatro formadores iniciais do BRICS. Ou, pela ordem, segundo o volume médio produzido no triênio 2016/18, China, Brasil, Rússia e Índia. Individualmente, aliás, eles se colocam entre os seis maiores produtores mundiais.

Na verdade, se fosse oferecido ao grupo o mesmo tratamento dado à União Europeia (UE), que reúne 28 países mas é tratada como produtor individual, o bloco estaria caracterizado como o maior produtor mundial, pois a UE responde por pouco mais de 10% do total produzido, enquanto a participação dos EUA, isoladamente o líder do setor, não chega a 18%.

Já na individualização dos quatro BRIC, se constata que a China lidera o grupo, com 45% do total por eles produzido. Notar, neste caso, que o levantamento da OCDE/FAO inclui toda a carne avícola produzida pelos chineses, inclusive a carne de frango proveniente de linhagens domésticas.

Aqui, o Brasil surge na segunda posição, com 33,40% do volume produzido pelos quatro países do BRICs, enquanto a participação de Rússia e Índia fica em 12,50% e 9,10%, respectivamente.

Na tabela abaixo, à direita, as projeções do estudo OCDE/FAO para a produção de carnes avícolas em 2028 entre os seis maiores produtores mundiais (pela ordem, EUA, China, Brasil, União Europeia, Rússia e Índia).

Por essas projeções, a maior expansão está reservada para a Índia, cuja produção deve aumentar mais de 40% em apenas uma década. Notar, de toda forma, que o volume adicional previsto com esse aumento (cerca de 1.5 milhão de toneladas) é inferior ao adicional previsto para o Brasil, 1.850 milhão de toneladas a mais considerado um incremento de 13,60% sobre a média de 2016/18.

Vale atentar, no entanto, que a base das projeções do estudo OCDE/FAO (2016/18) é anterior ao atual surto de Peste Suína Africana. Que afeta não apenas a China, mas inúmeros outros países e deve redundar na formação de um novo perfil na produção e consumo mundiais de carnes.

Em resumo, as carnes avícolas serão as mais beneficiadas. Por isso, os índices de expansão da produção ora previstos para países como China (consumidor) e Brasil (exportador) tendem a ser significativamente superados.

AviSite

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