Feiras agroecológicas estimulam a troca de conhecimento e impulsionam o mercado de alimentos

 

As feiras agroecológicas espalhadas por diversas cidades do Brasil se transformaram em centros para a troca de conhecimento e de experiências entre produtores, onde até mesmo a proximidade do consumidor com os agricultores serve de termômetro para a avaliação do mercado.

“O contato direto com o consumidor é importante. É preciso ouvir sugestões. É o consumidor que calibra a qualidade do produto”, afirmou o empresário Willian Rada da Rocha, um dos sócios da agroindústria familiar Novo Citrus, do Rio Grande do Sul.

Ao lado da esposa e também empresária Maria Helena da Rocha, Willian participou recentemente de um webinar sobre produção orgânica e sustentabilidade, organizado pelo Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos) e a rede OrganicsNet, da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). O encontro foi moderado pela diretora da SNA, Sylvia Wachsner.

“Mesmo na pandemia, a feira é um porto seguro”, avaliou o empresário. “São locais de aprendizado, onde se cultivam relações pessoais. A pandemia trouxe o fechamento do comércio, mas as feiras agroecológicas se mantiveram”, reforçou Maria Helena, que destacou a parceria de sua empresa com agricultores familiares e outras agroindústrias.

“Procuramos fazer com que esses produtores também possam vender diretamente ao consumidor, como forma de ampliar os canais de comercialização. Isso aumenta a rentabilidade do agricultor parceiro”, acrescentou a empresária, lembrando que, no início do empreendimento, o trabalho junto às lojas de produtos naturais gerou bons resultados. “Esses lojistas frequentam as feiras e observam o que há de novo no mercado”, disse.

Presente em feiras, supermercados, cafeterias e serviços de delivery, em diversos estados, a Novo Citrus foi criada em 1998 e atualmente conta com um portfólio diversificado, com destaque para a produção de geleias e sucos orgânicos.

Sustentabilidade e tecnologia

Por sua vez, a preocupação com a sustentabilidade é um fator constante em toda a cadeia de produção. A empresa utiliza energia solar, promove a destinação correta de resíduos sólidos para adubação, usa águas residuais tratadas para limpeza e incentiva a reciclagem mediante pagamento, em moeda social, pela quantidade de lixo coletado.

Aliado a isso, a Novo Citrus utiliza a tecnologia para o combate de pragas e para garantir a produção, mesmo com os problemas resultantes das mudanças climáticas. “Temos hoje uma infraestrutura própria, que é fruto do trabalho cooperativo”, afirmou Willian.

A empresa também faz parte da Associação Companheiros da Natureza, composta por agricultores ecologistas que promovem feiras em Porto Alegre.

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Fonte: CI Orgânicos

Equipe SNA

 

 

 

 

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