Produção nacional de grão de bico deve dobrar em 2018

O grão de bico é uma leguminosa consumida no Brasil, porém, o país ainda não produz o suficiente para atender a demanda nacional. Por isso, ainda importa oito mil toneladas do México e da Argentina.

Apesar do Brasil ainda não ter tradição no cultivo, produtores rurais da região do Cerrado, em Cristalina (GO) estão abrindo a porteira para os pesquisadores da Embrapa Hortaliças. O resultado tem sido satisfatório, o que leva o produtor a considerar o grão de bico como uma alternativa para substituir o feijão.

“Produzimos este ano em torno de duas mil toneladas, ou seja, 25% das oito mil que temos de demanda. Em 2018 vamos dobrar ou triplicar esse valor e atender toda a demanda nacional” disse o chefe-geral da Embrapa Hortaliças, Warley Nascimento.

O custo é uma das vantagens que atrai o produtor rural, uma vez que o grão de bico mostrou ser menos exigente em água e adubo. Com isso, o gasto acaba sendo 40% menor que o custo de um hectare de feijão.

A leguminosa também se revela como alternativa viável para a exportação. O mercado asiático já demonstrou interesse em firmar parceria com o Brasil para importar nossa produção.

O sul da Ásia representa 40% do mercado mundial de pulses. Só a Índia tem 1.3 bilhões de habitantes, e cerca de ⅓ deles são vegetarianos, ou seja, só no ano de 2016 o país importou 873.000 toneladas.

Warley disse que produtores de diversas regiões do Brasil procuraram a Embrapa para poder plantar essas cultivares de grão de bico, porém, não há sementes para atender a essa demanda. “Acredito que nos próximos dois ou três anos a situação de sementes de grão de bico deve se regularizar aqui no país”, afirmou o pesquisador.

Outra leguminosa que tem potencial para se desenvolver aqui no país é a lentilha, porém, as pesquisas ainda não avançaram como o grão de bico. Atualmente importamos 11.000 toneladas de países como Canadá, Argentina e Chile.

 

Fonte: Embrapa Hortaliças

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