Produção de ração aumenta 4,50% em 2021 no País e demanda por grãos deve seguir crescente

A produção de rações no País deve fechar 2021 com um aumento de 4,50%, para a marca das 85 milhões de toneladas. O resultado acompanha o crescimento do setor de carnes, notadamente da indústria de aves e suínos, cuja demanda por grãos deve seguir crescente em 2022, avaliou nesta sexta-feira o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani.

Segundo ele, o resultado de 2021 se deve ao dinamismo da cadeia produtiva de proteína animal, mas também ao impulso do fenômeno da humanização dos “pets”. Em 2020, o setor havia registrado um aumento de 5% na produção de ração animal.

O Sindirações citou que a suinocultura deve registrar recorde de exportações, principalmente por conta dos embarques para a China, enquanto a avicultura de corte também foi impulsionada pela demanda externa, além da doméstica.

“Respectivamente, a contabilidade pode resultar um aumento de 6%, 4% e até 1,50% nas rações para suínos, frangos de corte e poedeiras”, disse Zani, se referindo ao resultado esperado para 2021.

Aves e suínos respondem pela maior parte da demanda por rações no Brasil, com o consumo estimado em 2022 de 42.9 milhões e 19.9 milhões de toneladas, respectivamente.

Custos

Apesar de estimar um aumento na produção em 2022, em meio à expectativa de safra recordes de soja e milho, Zani disse que alguns pontos, como os custos, ainda merecem atenção do setor devido ao câmbio.

“As estimativas mais otimistas permitem asseverar que, em 2022, as amenidades climáticas contribuirão na recomposição dos estoques globais e no razoável alívio nos preços dos cereais e oleaginosas, ainda que no Brasil os valores, pressionados pelo câmbio, continuarão posicionados em patamar superior ao historicamente praticado”, disse o CEO do Sindirações.

No entanto, Zani ressaltou que a expectativa é de um cenário bastante distinto daquele de 2021, afetado por adversidades climáticas, como seca e geadas.

Fertilizantes e defensivos

Ainda assim, ele lembrou que o setor produtivo deve ficar vigilante “diante da hipotética escassez de fertilizantes e defensivos”, uma vez que o Brasil importa a maior parte dessas matérias-primas e importantes países produtores estão reservando a oferta para uso interno.

 

 

Fonte: Reuters

Equipe SNA

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