Produção de laranja deve atingir 327,8 milhões de caixas em São Paulo

Equipe SNA

Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) divulgou a primeira estimativa da produção paulista de laranja, para indústria e mesa, na safra 2013/2014. A estimativa é que deverão ser colhidas 327,8 milhões de caixas (40,8 kg), sendo 279,1 milhões de caixas (85%) destinadas às indústrias processadoras de suco e 48,7 milhões (15%) ao mercado in natura. O levantamento é fruto da parceria entre o IEA e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo (SAA), e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A expectativa dos produtores para essa safra quanto à produtividade média é de 1,72 caixas por planta, o que corresponde a 660 caixas de 40,8 kg por hectare. O levantamento foi feito no último mês de abril e constatou-se que a área ocupada com laranja é estimada em 531,5 mil hectares, sendo a área em produção de 497 mil hectares. Para esta safra, observou-se processo de erradicação da ordem de 36,7 mil hectares, sendo que 72% dessa área, de acordo com os produtores, foi substituída pela cana-de-açúcar e 15% por milho e soja, com maior incidência nos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) de Araraquara, Barretos e Limeira.

“A citricultura é uma das principais cadeias do agronegócio paulista. Está entre as três atividades que mais geram empregos na agricultura. O setor vem enfrentando dificuldades no escoamento da produção e isso impacta negativamente os milhares de produtores. O governo do Estado de São Paulo tem buscado minimizar os efeitos da crise com linhas de financiamento para custeio emergencial, renovação, seguro sanitário e climático, além da redução no ICMS de 18 para 12%, entre outros. Também atua para incentivar o consumo da fruta e do suco, por meio de programas que incluem a laranja na merenda escolar, nos hospitais e nos presídios. Todavia, é necessário ampliar o mercado interno, que hoje consome pouco mais de 30 milhões de caixas e que nunca foi seduzido pelo suco de laranja”, disse a secretária da Agricultura de São Paulo, Mônika Bergamaschi.

De acordo com os pesquisadores , na última década, a citricultura paulista teve como principal característica a adoção de tecnologia, de manejo de pragas e doenças, aumento de densidade de plantio, irrigação e adubação o que acarretaram ganhos de produtividade. Entretanto, no último ano o setor passou por uma de suas mais severas crises, influenciada pela diminuição do consumo de suco no mercado externo e elevados estoques, uma vez que a indústria não processou a quantidade de laranja esperada. Muitos produtores foram se descapitalizando ao longo dos anos não só pelos baixos preços recebidos pela caixa da fruta, mas também pelo aumento de custo de produção devido à incidência de problemas fitopatológicos.

Fonte: Com informações da assessoria de imprensa do Instituto de Economia Agrícola

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp