Produção de carne suína da China em 2020 supera estimativas

A produção de carne suína da China ficou acima do estimado por alguns analistas no ano passado, mostrando recuperação após o setor ter sido dizimado pela Peste Suína Africana que atingiu os suínos em 2019, indicaram os dados oficiais do Escritório Nacional de Estatísticas do país nesta segunda-feira.

Segundo o órgão, a produção de carne de porco da China em 2020 caiu 3,30% na comparação com o ano anterior, para 41.13 milhões de toneladas, após ter desabado 21% em 2019.

Mas alguns analistas disseram que esperavam uma queda bem maior em 2020, depois que a Peste Suína Africana devastou o rebanho suíno chinês em 2019. Os planteis de porcos para reprodução na China haviam caído cerca de 60% em meados de 2019, depois que a doença atingiu fortemente o país na metade de 2018.

O número final foi “bem elevado, maior do que eu esperava”, afirmou Pan Chenjun, analista do Rabobank. “Em novembro, nós provavelmente esperaríamos uma redução de 10% a 15%”. Xiao Lin, analista da Win & Fun Investment, com sede em Shenzhen, também disse que ela esperava um recuo maior, de entre 5% e 10% na produção em 2020.

Aumentos

Políticas de apoio ao setor e incentivos ajudaram a reviver a indústria, liberando mais de 200 bilhões de yuans (US$ 30.87 bilhões) em investimentos.

A produção no último trimestre de 2020 aumentou para 13 milhões de toneladas, segundo cálculos da Reuters com base nos dados oficiais. Isso representa uma alta de 21% em relação aos 10.74 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior, e também fica acima das 8.4 milhões de toneladas do 3º trimestre.

Apesar do aumento na produção, os preços da carne suína subiram significativamente no final de novembro, atingindo 47 yuans por quilo na semana passada, quase no mesmo nível de há um ano atrás. “Esse é um sinal de que há uma escassez muito grande”, disse Pan, ao acrescentar que a demanda não aumentou de maneira acentuada.

Os dados também mostraram que o rebanho suíno chinês cresceu para 406.5 milhões de cabeças ao final de dezembro, de 370.39 milhões ao final de setembro.

 

 

Fonte: Reuters

Equipe SNA

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