Produção de carne suína brasileira deve crescer em 2016; desafio será custo de produção

A produção de carne suína no Brasil deverá continuar a crescer em 2016, com aumento da oferta do produto no mercado interno, e o principal desafio da indústria será lidar com custos de produção diante da valorização do dólar frente ao real, disse o diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Nilo de Sá, à CarneTec.

A produção de carne suína brasileira em 2015 deve ter subido cerca de 4%, segundo estimativas de Sá. Os dados completos de 2015 ainda não estão fechados. Já para 2016, a expectativa é de um crescimento de cerca de 2% na produção.

O aumento da oferta de produto no mercado interno não chegou a pressionar fortemente os preços para baixo, garantindo rentabilidade para a indústria em geral. O consumo doméstico aumentou e Sá espera que tenha fechado 2015 acima dos 15 quilos por habitante/ano, ante 14,6 kg em 2014.

“Tivemos 2015 com preços firmes. Não tão bons quanto em 2014, mas tivemos um bom valor de preços comercializados”, disse Sá em entrevista na terça-feira (5).

Em 2016, o diretor da ABCS espera aumento das vendas do produto no mercado interno e que as exportações fiquem relativamente estáveis.

“Com nossas exportações permanecendo estáveis e com aumento de produção, devemos ter maior consumo no mercado interno”, afirmou Sá.

Ele acredita que a carne suína continuará a ganhar espaço no mercado doméstico em 2016 em relação à carne bovina por ser mais barata, em momento de redução do poder de compra dos consumidores.

“O que temos mais receio é uma maior pressão nos custos de produção, sobretudo do milho e da soja”, disse o dirigente. “O plantio atrasado da soja pode prejudicar a safrinha de milho. Além disso, o dólar já está alto e pressiona o custo de alguns insumos, como vacinas, medicamentos, vitaminas… a própria soja é dolarizada”, acrescentou.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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