AIPC: produção de cacau tem se estabilizado na faixa de quatro milhões de toneladas por ano

Nos últimos anos, a produção de cacau vem se estabilizando em torno de quatro milhões de toneladas por ano, chegando a 4.3 milhões de toneladas duas vezes na última década. Não somente em épocas de festas, como Páscoa e final de ano, o consumo cresce muito e chega-se a estimar que atinja a cinco milhões de toneladas em poucos anos.

Atualmente, o Brasil é o sexto produtor de cacau, e durante muitas décadas se manteve como um dos três maiores do mundo. Conforme Eduardo Brito Bastos, diretor executivo da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), há um plano robusto de crescimento, para que o país volte a ser o terceiro maior produtor mundial, com cerca de 400 mil toneladas de amêndoas por ano, mais que o dobro da produção média dos últimos anos.

Atingir este patamar de produção exigirá um esforço enorme de toda a cadeia, seja do setor privado como produtores, processadores e chocolateiros, do governo (pesquisa, extensão, fomento) e de outros atores como ONG’s e bancos. “Claro que o elo principal para que isso aconteça é o produtor, e é nele que devemos concentrar nossos esforços”, ressalta o diretor executivo.

Ele explica ainda que a AIPC tem trabalhado em sintonia com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), que representa os principais consumidores dos derivados de cacau que processamos, para entender as demandas do mercado e como podemos suprir rapidamente as mesmas.

“Na outra ponta temos dialogado com produtores e governo para entender melhor como podemos ajudar neste plano de crescimento da produção brasileira e assim ajudar toda sociedade. Cacau é uma cultura muito sustentável, totalmente alinhada com os anseios das novas gerações”, explica Bastos.

“O cacau ainda tem se mostrado um aliado a questões saudáveis, e há um tempo era visto como vilão – hoje o consumidor vê de forma diferente e já enxerga os benefícios, como para o coração, fonte de energia, etc. Além disso, o comportamento do consumidor está modificando. Quanto mais cacau, mais saudável é. E isso é uma preocupação positiva – já existem grandes empresas vendo o chocolate como alimento funcional e não apenas como guloseima”.

“Além disso, no aspecto ambiental, o cacau protege e promove floresta. Na Mata Atlântica baiana, há séculos o cacau protege a floresta, e no Pará, como é nativo, tem muita gente reflorestado áreas degradadas com cacau, trazendo renda com proteção ambiental. É um setor muito importante no Brasil e no mundo, e temos feito um trabalho forte de divulgar esses benefícios a todos”, afirma Bastos.

 

Fonte: Agrolink

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