Produção brasileira de ração animal fica estável em 2013

Apesar da recomposição dos estoques de soja e milho, a indústria brasileira de ração animal não conseguiu ampliar a produção neste ano, conforme estimativa divulgada nesta sexta-feira pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). De acordo com a entidade, as empresas instaladas no Brasil devem fechar 2013 com uma produção de 63 milhões de toneladas, mesmo patamar verificado no ano passado.

Com isso, o setor deve levar mais um ano para voltar aos patamares de produção de 2011. No ano passado, a severa estiagem que atingiu as lavouras nos EUA fez os preços dos grãos dispararem, provocando uma queda de 3% na produção brasileira de ração animal. O Sindirações estima que 2014 deve ser o ano da recuperação, com alta de 3% da produção.

De acordo com o vice-presidente executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani, os setores de frango e suíno — que respondem por cerca de 60% da produção de ração no Brasil — registraram queda de produção neste ano, ainda refletindo a crise de custos de 2012.

“A produção de ração para a avicultura de corte deve recuar por conta da diminuição das exportações e da menor oferta pintos de um dia”, afirmou Zani. De acordo com ele, também houve recuo na demanda de ração para suíno por conta da redução do plantel.

O segmento de bovinos também pesou negativamente na produção de ração neste ano. Segundo Zani, a retração das vendas de ração para bovinos deve-se ao menor número de animais confinados no ano — de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o número de bovinos criados em confinamentos neste ano caiu 9,5%. No Brasil, os bovinos tem sua alimentação baseada em pastos. O uso de ração fica concentrado às atividades de confinamento, realizadas no período da entressafra.

Em contrapartida, os segmentos de aquicultura e de animais de companhia devem fechar o ano com produção em alta, segundo Zani. O grande destaque é a produção de ração para pescados criados em cativeiro, atividade em forte expansão no Brasil. “No todo, o cenário é de estabilidade, mesmo com crescimento de dois dígitos da piscicultura e a maior produção de ração para de cães e gatos”, afirmou o dirigente.

Fonte: Valor Econômico

 

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