O uso da biotecnologia no campo está completando 20 anos e sua preservação está se mostrando fundamental para a produção de alimentos ao redor do mundo. É o que afirma o engenheiro agrônomo formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e líder de Proteção a Biotecnologias de INTACTA RR2 PRO®, Cláudio Oliveira.
“Passados 20 anos desde a aprovação da primeira biotecnologia para a soja, quase 100% da produção brasileira de soja (92%), milho (87%) e algodão (94%) é transgênica, com 53 milhões de hectares plantados”, informa o engenheiro agrônomo.
“Para os produtores, o resultado foi um lucro acumulado de R$ 35.8 bilhões, com redução de gastos e do uso de defensivos agrícolas (cerca de 839 mil toneladas deixaram de ser aplicadas nas lavouras) e aumento de produtividade, de acordo com dados da Agroconsult divulgados em setembro de 2018”.
Para Oliveira, são muitos os beneficiados com o uso da biotecnologia na cadeia produtiva. No entanto, segundo ele, algumas técnicas devem ser desenvolvidas com êxito para que ela seja preservada, como o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que é considerado o principal meio para a manutenção da tecnologia.
“O MIP é composto por importantes pilares, como rotação de culturas, mudas sadias, eliminação de plantas doentes, época de plantio e o controle genético (variedades resistentes), porém, o protagonista deles é o refúgio estruturado, fundamental para a preservação dos benefícios da tecnologia Bt”, diz o especialista.
Por fim, Oliveira afirma que o grande erro dos agricultores é tratar a biotecnologia como a solução de todos os problemas do campo. “Ela é mais um dos componentes ou ferramentas que podem facilitar a vida do produtor, mas se todos nós não contribuirmos para preservar seus benefícios e longevidade, correremos o risco de perdermos esta ferramenta que tem sido grande aliada do agricultor brasileiro nos últimos 20 anos”.
Fonte: Agrolink