Presidente da Abag critica imagem ambiental do Brasil no exterior

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Marcello Brito, afirmou que “a imagem ambiental do Brasil no exterior nunca esteve tão ruim”.

Em live promovida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre “Como conciliar desenvolvimento e preservação ambiental”, Brito citou os embaixadores Sérgio Amaral e Rubens Barbosa, que confirmaram a ele a situação brasileira no exterior. “Ambos concordam que a imagem do Brasil nunca foi tão ruim como agora”.

Brito avaliou que, antes, a pressão ambiental sobre produtos do agronegócio se dava mais por meio de indústrias processadoras de alimentos que, pressionadas por ONGs em seus países de origem, transferiam a exigência de preservação ambiental à sua cadeia de fornecedores.

“Hoje, porém, a pressão ambiental vem mais por parte de investidores em fundos”, disse o presidente da Abag. “E é muito mais fácil um investidor, da tela do computador, definir se aplica ou não seu dinheiro em determinado país.”

Brito afirmou ainda que, no caso de indústrias, mesmo pressionadas, dificilmente elas desmontariam parques industriais e sairiam de determinado país por causa de pressão ambiental. Além disso, mencionou o executivo, a  pressão, hoje em dia, não ocorre mais por meio de boicotes, no exterior, a produtos de origem brasileira.

“Nós exportamos commodities agrícolas, que são processadas no país de destino e pulverizadas em vários produtos. Por isso, boicotar produtos brasileiros é difícil”.

Já em relação às pessoas que aplicam em fundos de investimento, acrescentou Brito, “elas se baseiam no leque de opções que o fundo oferece em relação a onde o dinheiro será investido”.

“O que é um fundo de investimento senão uma plataforma que recebe dinheiro de um monte de gente, diante de condições?”, indagou o presidente da Abag, acrescentando que as condições ambientais estão cada vez mais presentes.

 

Broadcast Agro

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