O ano de 2017, com apenas duas semanas, já apresenta cenário de dificuldade aos suinocultores brasileiros. Pelo segundo fechamento, os preços recuaram em praticamente todas as praças de comercialização. De acordo com boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), nem mesmo o enxugamento da oferta dá sustentação às cotações neste início de janeiro. “Os frigoríficos têm pressionado os valores pagos ao produtor independente, alegando dificuldade de venda da carne”, indica a publicação.
A bolsa de suínos de Santa Catarina, conforme apurou o levantamento semanal de preços, realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, registrou a segunda queda do mês, fechando a R$ 3,80 o quilo do suíno vivo – uma baixa de R$ 0,20 em relação ao preço de referência da semana passada. Em São Paulo, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), a nova referência de negócios está R$ 4,53/kg, com recuo de 7,06% na semana. Já em Minas Gerais, o Mercominas – bolsa de comercialização local – fechou com a referência em R$ 4,40/kg, com queda de R$ 0,10 (-2,22%) em relação ao último levantamento de preço.
O analista de Safras & Mercado, Allan Maia, disse que o volume de oferta no mercado interno segue bem ajustado e que uma reação nas cotações depende da demanda a ser observada nos próximos dias. “O alento é que o custo de produção vem recuando nas últimas semanas, trazendo um pouco de alívio aos produtores”.
Exportações
As exportações de carne suína ‘in natura’ na primeira semana de 2017 (cinco dias úteis), demonstraram um bom desempenho em volume e receita, segunda dados divulgados na segunda (9), pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
No período, foram embarcadas 15.800 toneladas, com média diária de 3.200 toneladas. Esse volume representa aumento de 61,8% em relação a igual período de dezembro e janeiro de 2016. O preço médio da tonelada foi de US$ 2.258,30. Em receita, as exportações totalizaram US$ 35.7 milhões, com aumento de 61% na comparação com dezembro, e de 102% em relação ao mesmo período em janeiro do ano passado.
Fonte: Notícias Agrícolas
