Preços dos fretes de Mato Grosso ao Pará caíram em setembro

Os custos do frete rodoviário entre Mato Grosso e o porto de Miritituba, no Pará – a maior entre as rotas incluídas no Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), tiveram queda de mais de 10% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2019. Segundo a estatal, a retração é reflexo da conclusão da pavimentação da BR-163 e do aumento significativo do escoamento de grãos para exportação pelo Norte.

De Sorriso (MT) ao município paraense, o transporte da tonelada de grãos saiu, em média, por R$ 170,00 no mês passado, contra R$ 190,00 em setembro de 2019. Até Santarém, também no Pará, o preço caiu de R$ 240,00 para R$ 230,00 por tonelada. No trajeto entre Querência (MT) e São Luís, no Maranhão, o valor passou de R$ 300,00 para R$ 280,00 na comparação.

Já para transportar soja ou milho de Sorriso a Santos, no litoral paulista, o custo aumentou 3%, de R$ 290,00 para R$ 300,00 a tonelada. De Rondonópolis (MT) para o porto de Paranaguá, no Paraná, também houve um aumento de 8%, de R$ 200,00 para R$ 215,00.

Em praticamente todas as rotas que fazem parte do levantamento da Conab, houve retrações nos custos dos fretes rodoviários no mês passado em comparação a agosto deste ano, em linha com o arrefecimento do ritmo de exportações de soja em grão.

Essa tendência de queda de preços tende a se manter no restante deste ano, e até se acentuar, embora ainda haja demanda para exportação. Segundo o boletim da estatal, o atraso das chuvas e do plantio da safra 2020/21 em Mato Grosso também deve postergar o aquecimento no mercado de fretes rodoviários no início 2021, já que a colheita deverá ganhar força algumas semanas depois que o normal.

Os embarques acumulados de soja em grão de janeiro a setembro de 2020 totalizaram 79.2 milhões de toneladas, de acordo com a Conab, contra 60.8 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. A China permaneceu como o principal destino das exportações, com participação de mais de 50% no total.

No caso do milho, a estatal realça que as exportações de Mato Grosso já alcançaram 12.4 milhões de toneladas de janeiro a setembro e que, com a colheita da safrinha encerrada, a expectativa é de retrações dos volumes, que estão abaixo dos registrados no ano passado. De Goiás foram enviadas ao exterior 2.4 milhões de toneladas nos primeiros nove meses deste ano, segundo a Conab.

Ainda segundo o boletim, as importações de adubos e fertilizantes para uso em Mato Grosso, desde países como Rússia, Canadá, Estados Unidos, Belarus, Marrocos, Israel, China e Argélia, totalizaram 4.3 milhões de toneladas nos nove primeiros meses do ano, acima das 3.9 milhões de toneladas no mesmo período de 2019.

 

Valor Econômico

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp