Preços do café arábica e do algodão reagem; arroz registra 1º superávit do semestre

Café

Mesmo com a pequena reação dos preços do café arábica neste começo de julho, a média da parcial do mês (até o dia 10) do Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, posto na capital paulista, de R$ 826,00/saca de 60 kg, é a menor desde abril de 2021, em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de junho/23). Segundo colaboradores do CEPEA, esse cenário tem preocupado os cafeicultores nacionais, que indicam que os patamares de negociação do grão da temporada 2023/24 apertam as margens e limitam investimentos. Além disso, os insumos utilizados na produção foram adquiridos a preços muito elevados, em especial os fertilizantes. Com as desvalorizações do arábica, produtores têm focado na colheita, se mantendo afastados do mercado.

Algodão

As cotações do algodão em pluma voltaram a subir no mercado brasileiro, depois de acumularem uma queda de significativos 12,51% em junho, segundo dados do CEPEA. O impulso veio da posição mais firme dos vendedores, que estão atentos à sustentação da paridade de exportação. Muitos desses agentes se afastaram do mercado spot nacional nos últimos dias, à espera de preços mais atraentes para comercialização. Os compradores, por sua vez, diante das vendas ainda enfraquecidas, comprando somente “da mão para a boca”.

Arroz

As exportações de arroz em casca se mantiveram em alta no 1º semestre deste ano. Em junho, especificamente, os embarques totalizaram 149.760 toneladas em equivalente arroz em casca, queda de 24,20% em relação ao mês anterior. No balanço do 1º semestre, foram embarcadas 851.720 toneladas, volume 22,60% maior do que o registrado no mesmo período de 2022. Quanto às importações, em junho/23, totalizaram 117.160 toneladas em equivalente arroz em casca, sendo 8,40% inferior ao volume de maio/23, mas 11,90% superior ao de junho/22. Assim, as exportações superaram as importações em 32.600 toneladas em junho; em 130.200 toneladas no 1º semestre de 2023 e em 1.03 milhão de toneladas nos últimos 12 meses. Diante deste cenário, é válido que vendedores aproveitem a elevada paridade de exportação para redução de estoques domésticos e sustentação de preços da matéria-prima.

Fonte: CEPEA

 

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