A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) para o açúcar bruto fechou o mês de maio com queda acumulada de quase 8%. Os contratos com entrega em julho/2017 encerraram a sessão de hoje a 14,87 centavos de dólar a libra-peso, contra 16,13 centavos em 28 de abril – uma variação negativa de 7,81%. Na última semana do mês, o mercado caiu para 14,74 centavos, menor cotação desde junho de 2016.
Entre os fatores baixistas, destaque para a melhora nas expectativas em relação à produção da Índia e uma recente queda nos preços da gasolina no Brasil, o que incentiva as usinas a direcionarem mais cana para o açúcar, em detrimento ao etanol. A produção de açúcar da Índia pode aumentar 25% em 2017/18 na comparação com a temporada anterior, totalizando 25 milhões de toneladas, diante da previsão de boas chuvas de monção.
As cotações futuras devem reagir no curto prazo, uma vez que as condições técnicas já são de sobrevenda. No entanto, para o longo prazo, os prognósticos continuam ruins, e um possível teste do nível de paridade com o etanol, hoje apontado em 14 centavos de dólar a libra-peso, pode acontecer.
Exportações
As exportações brasileiras de açúcar produziram uma receita de US$ 1.036 bilhão em maio (US$ 824.2 milhões com açúcar bruto e US$ 212 milhões com açúcar refinado), conforme dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
O volume total embarcado foi de 2.439 milhões de toneladas (1.987 milhão de toneladas de açúcar bruto mais 452.000 toneladas de açúcar refinado). O preço médio foi de US$ 414,70 por tonelada para o açúcar bruto e de US$ 469,00 por tonelada para o açúcar refinado.
Em abril de 2017, os embarques de açúcar do Brasil haviam totalizado 1.622 milhão de toneladas, com receita de US$ 723.6 milhões. Em maio de 2016, os embarques de açúcar somaram 2.012 milhões de toneladas, com receita de US$ 670.9 milhões.
Fonte: Agência Safras