Preço dos alimentos caiu 1% em janeiro

A FAO informou que a desvalorização dos alimentos foi liderada pelas quedas nos preços dos cereais e da carne, que mais do que compensaram o aumento dos preços do açúcar – Imagem de Freepik

O valor de referência para os preços mundiais de alimentos fechou o mês de janeiro em queda de 1% na comparação com dezembro, para uma média de 118 pontos, segundo o índice divulgado nesta sexta-feira (2/2) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Na comparação com janeiro de 2023, a queda é de 10,40%.

Em nota, a FAO informou que a desvalorização dos alimentos foi liderada pelas quedas nos preços dos cereais e da carne, que mais do que compensaram o aumento dos preços do açúcar. Em janeiro, o Índice de Preços dos Cereais da FAO caiu 2,20% em relação ao mês anterior.

Os preços globais de exportação do trigo caíram em janeiro, pressionados pela forte concorrência entre os exportadores e pela chegada de safras recentemente colhidas nos países do Hemisfério Sul, enquanto os do milho caíram acentuadamente, refletindo a melhoria das condições das lavouras e o início da colheita na Argentina e maiores ofertas no Estados Unidos da América, informou a FAO.

Em contrapartida, as cotações do arroz subiram 1,20% em janeiro, diante uma forte procura de exportação do arroz de melhor qualidade da Tailândia e do Paquistão e compras adicionais por parte da Indonésia.

Já o índice que mede os preços da carne caiu pelo sétimo mês consecutivo em 1,40% em relação a dezembro, uma vez que a oferta abundante dos principais países exportadores fez baixar os preços internacionais das carnes de aves, bovina e suína. Em contraste, os preços internacionais da carne ovina aumentaram devido à elevada demanda global de importações e à redução da oferta de animais para abate na Oceania.

Aumentos

O Índice de Preços do açúcar, por sua vez, subiu 0,80%, sustentado pelas preocupações sobre o provável impacto das chuvas abaixo da média no Brasil nas lavouras de cana-de-açúcar a serem colhidas a partir de abril, juntamente com perspectivas de produção desfavoráveis na Tailândia e na Índia.

Houve um leve aumento, de 0,10%, para as cotações dos óleos vegetais, com elevação moderada nos preços internacionais do óleo de palma e das sementes de girassol, compensando as quedas dos preços dos óleos de soja e de colza.

Os preços mundiais do óleo de palma foram impulsionados pela produção sazonalmente menor nos principais países produtores e pelas preocupações com as condições climáticas desfavoráveis na Malásia. Entretanto, o aumento da demanda de importações elevou ligeiramente os preços do óleo de semente de girassol.

Por outro lado, os preços internacionais do óleo de soja e de colza caíram devido às perspectivas de grandes fornecimentos provenientes da América do Sul e à manutenção de amplas disponibilidades na Europa.

O Índice de Preços dos Laticínios da FAO permaneceu praticamente inalterado em relação ao seu valor revisado de dezembro, mas 17,80% abaixo do valor de um ano atrás. Em janeiro, as cotações internacionais da manteiga e do leite em pó gordo aumentaram em grande parte devido à maior demanda por parte dos compradores asiáticos, quase compensando as quedas dos preços do leite em pó desnatado e do queijo.

Fonte: FAO
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