Pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que os preços médios da soja no mercado físico brasileiro fecharam a segunda-feira (30/3) nos portos do Brasil, sobre rodas para exportação, em alta de 1,86%, para R$ 100,66 (contra R$ 98,82 no dia anterior). Com isso, o ganho acumulado nos portos subiu para 12,02% no mês.
Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, a forte alta de 1,47% do dólar voltou a elevar os preços da soja nos portos do Brasil. Os preços do mercado interno acompanharam a alta da exportação e subiram 1,46% para a média de R$ 92,93/saca, contra R$ 91,50 do dia anterior.
No Rio Grande do Sul, pelo menos 55% da safra 2020 já foi comercializada e as tradings estão antecipando as entregas e pagamentos, informou a T&F. Os preços da soja disponível voltaram a subir R$ 1,00/saca no porto de Rio Grande, para R$ 102,00 com pagamento no final de abril e R$ 103,50 no final de maio.
Para 2021, a saca se manteve a R$ 95,20. No interior do RS os preços também subiram R$ 2,00/saca para R$ 98,00 em Cruz Alta R$ 1,00 para R$ 97,00 em Passo Fundo e R$ 1,50 em Ijuí para R$ 96,50.
No Paraná, os preços pagos para os agricultores mantiveram a alta do dia anterior a R$ 90,00 no mercado de balcão em Ponta Grossa, e R$ 85,50 em Cascavel, Londrina, Maringá e Campo Mourão.
No mercado de lotes, os preços também permaneceram a R$ 94,00 também em Ponta Grossa para abril, mas subiram R$ 1,00 para maio para R$ 96,00. No porto de Paranaguá a saca subiu R$ 3,00, voltando para R$ 102,00.
China
A Brasil vendeu novamente para a China cinco cargos ou 300.000 toneladas, nesta segunda-feira. “Apesar disso, os prêmios caíram US$ 0,05 nos portos de origem no Brasil. No mercado futuro de Paranaguá foi negociado apenas um cargo para maio a +US$ 0,50.
No mercado CIF portos de Dallian, a soja brasileira foi negociada com prêmios US$ 0,01/bushel menores para maio, mas US$ 0,06 maiores para junho e US$ 0,05 para julho”, indicaram os analistas da T&F.
Argentina
A colheita da soja na Argentina atingiu 4,60% da área plantada até o dia 25 de março, segundo a Bolsa de Cereales do país. As expectativas de produção foram mantidas em 52 milhões de toneladas em 2019/2020, contra as 56 milhões de toneladas colhidas na safra anterior (2018/2019), com queda de 7,20%.
Já a colheita do milho atingiu 15,80% da área plantada nesta temporada na Argentina e a produção está estimada em 50 milhões de toneladas, 1,60% menor do que a safra passada.
A Scot Consultoria afirma que, no curto e médio prazo, a atenção estará voltada para o clima, para os avanços dos trabalhos no campo e, é claro, para os reflexos da pandemia do Coronavírus e das medidas adotadas para o seu controle sobre a economia mundial.
Fonte: Agrolink
