Preço da soja cai também no Brasil

As cotações da soja tiveram na quinta-feira (14.12) um dia de baixas generalizadas dos preços no mercado físico do interior brasileiro, acompanhando a tendência da Bolsa de Chicago (CBOT). Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços caíram 0,11% no interior e 0,23% nos portos.

“As cotações voltaram aos níveis de dez dias atrás, apesar da alta do dólar que, voltamos a dizer, é um fator muito frágil para ser considerado no longo prazo”, informa a T&F.

“O que pode acontecer também está evidente, para quem observa, como nós, por profissão, as cotações da soja para os meses futuros, isto é, março, maio e julho de 2018; setembro e novembro de 2018, e janeiro e setembro de 2019, todos abaixo do nível psicológico dos US$ 10,00/bushel”, acrescenta a consultoria.

Diante disso, o analista Luiz Fernando Pacheco questiona: “Você acredita que o preço da soja tem condições de subir muito ainda? Nós também não, pelo menos a curto e médio prazo, que é o tempo que os agricultores brasileiros têm para venderem o seu grão. Então, pela quarta vez nos últimos dias, voltamos a recomendar que se venda parte dos lotes disponíveis, aproveitando os percentuais de lucratividade”.

Fundamentos

“As projeções climáticas atualizadas não trazem variações nas chuvas já previstas para a América do Sul. Os índices pluviométricos serão de 25-100 mm para os próximos cinco dias sobre Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Matopiba no Brasil”, afirma a consultoria AgResource.

“Para a Argentina, as províncias beneficiadas neste mesmo período incluem, o norte de Buenos Aires, Entre Rios, Santa Fé, Santiago e o sul de Corrientes”.

Segundo os modelos climáticos do Sistema de Previsão Global (GFS, do NOAA), nos últimos dias de dezembro haverá novamente a retração das chuvas para as principais regiões sojicultoras da Argentina.

“Apesar das rodadas de precipitações continuarem pelo Sul do Brasil, tais chuvas não parecem se expandir pelo país vizinho. Ainda é prematura qualquer conclusão, no entanto, a Argentina com atuais 63,5% da soja plantada irá necessitar de mais chuvas intensas para proporcionar a boa germinação desta área remanescente de plantio”, dizem os analistas.

 

Fonte: Agrolink

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