A pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) registrou queda de 0,52% nos preços oferecidos pelos exportadores pela soja nos portos brasileiros e de 0,86% nos preços pagos pelas indústrias nas praças do interior do País. Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, os preços da soja já caíram 6,33% nos portos e 6,37% no interior em outubro.
Na última sexta-feira (19/10) a queda foi dupla: de 0,28% do dólar no Brasil e de 0,78% na Bolsa de Chicago. Apesar disso, os prêmios permaneceram inalterados para os meses de novembro/18, dezembro/18 e fevereiro/19. Caíram US$ 0,05/bushel para março/19 e US$ 0,02 para abril/19, mas subiram US$ 0,07 para maio/19 – mês de referência para a soja brasileira.
“Os dois problemas da exportação de soja brasileira, hoje, são o dólar, que caiu quase 12% nos últimos 40 dias, e a pouca disponibilidade de volumes de safra velha. O primeiro afasta os vendedores e o segundo afasta os compradores. Com relação aos subprodutos, os preços do farelo de soja caíram na maioria das praças e os preços do óleo de soja permaneceram estáveis na maioria delas”, disse o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.
Na ronda dos estados, aponta a consultoria, percebe-se a queda dos preços e o desinteresse dos vendedores. No Rio Grande do Sul, a semana foi “muito calma, com poucos negócios reportados”. Em Santa Catarina, o maior interesse é por farelo de soja, muito demandado pelas muitas indústrias de carne. No Paraná, o mercado ficou muito travado em todo o estado, com alguns negócios pontuais – cenário muito semelhante ao do Mato Grosso do Sul, nesta semana de queda do dólar e de Chicago.
Fonte: Agrolink