Por ora, Brasil retira vantagem dos EUA na soja

Pelo menos 70% da área nacional de soja já foi semeada. Serão 31,5 milhões de hectares, o que ajuda a elevar o total mundial para o recorde de 118 milhões de hectares.

Os preços atraentes dos últimos anos fizeram com que o Brasil -o segundo maior produtor mundial- tirasse uma defasagem em relação aos norte-americanos -os lideres no ranking global.

Os brasileiros vêm ganhando competitividade. A produtividade média por hectare do país subiu 16% nos últimos cinco anos (considerando inclusive as estimativas para a safra 2014/15) em relação à média dos cinco primeiros da década de 2000.

Nesse mesmo período, os norte-americanos conseguiram uma elevação de 10% na produtividade. Ambos os países estão com média de 2.921 quilos por hectare.

O Brasil foi o que mais ganhou área, com aumento de 36% no período, enquanto os Estados Unidos registraram elevação bem menor: 6,5%.

Com relação à produção, o ganho também é do Brasil, cujo aumento foi de 58% no período, ante 17% nos EUA.

Os dois países têm em comum a vantagem de o consumo mundial, puxado pela China, ter registrado crescimento de 35% no período.

Mas, em um eventual período de armazéns cheios e preços menos remuneradores -o que promete a safra 2014/15-, a preocupação volta a recair sobre os produtores brasileiros de soja.

Mesmo com uma melhoria nos corredores de exportação, principalmente pelo Norte e Nordeste, os produtores nacionais vão depender, e muito, de um reajuste do câmbio para manter competitividade com os norte-americanos. Isso se os preços externos entrarem em rota de queda.

 

Fonte: Folha de S.Paulo

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