População ocupada no agro cresce no primeiro trimestre de 2022 e recupera as perdas geradas pela pandemia

No primeiro trimestre de 2022, a população ocupada (PO) no agronegócio brasileiro somou 18.74 milhões de pessoas. O resultado representa um aumento de 6,2% (ou de 1,09 milhão de pessoas) frente ao mesmo período do ano passado.

A informação foi divulgada a partir de pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua) e nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O número de pessoas atuando no setor, de janeiro a março de 2022, foi o maior para este período desde 2016, quando a PO totalizou 18,75 milhões de pessoas.

Análise

Pesquisadores do Cepea indicam que esse crescimento entre os primeiros trimestres de 2021 e de 2022 pode estar atrelado ao ruim desempenho observado no começo do ano passado, devido aos efeitos mais intensos da crise desencadeada pela pandemia da Covid-19.

Desse modo, o avanço em 2022 significa um processo de recuperação de ocupações iniciado no segundo semestre de 2021 que, inclusive, foi verificado entre os segmentos que compõem o agronegócio.

Já entre o último trimestre de 2021 e o primeiro de 2022, a população ocupada no agronegócio caiu 1,4%. Neste caso, o resultado se deve à queda no número de pessoas ocupadas em praticamente todos os segmentos, com destaques para o primário (“dentro da porteira”) e para a agroindústria.

Setor primário

No caso do segmento primário, a redução foi de 1,8%, que correspondeu a cerca de 150.9 mil pessoas. É válido mencionar que importantes atividades empregadoras, como café e cana-de-açúcar, estavam em período de entressafra. Na agroindústria, por sua vez, a redução foi de 2,8%, ou de cerca de 114,9 mil pessoas.

Perfil do trabalhador

Analistas do Cepea informam que a queda da população do agronegócio entre o último trimestre de 2021 e o primeiro de 2022 ocorreu principalmente entre os trabalhadores assalariados, com e sem carteira assinada, e os trabalhadores por conta própria. No caso dos empregados com carteira assinada, a maior redução se deu na agroindústria.

Balanço geral

No Brasil como um todo, 95.27 milhões de pessoas estavam ocupadas no primeiro trimestre deste ano, bem acima dos 87.08 milhões no mesmo período de 2021. Desse modo, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 19,67% de janeiro a março de 2022, contra 20,26% no primeiro trimestre de 2021.

 

 

Fonte: Cepea

Equipe SNA

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