Plantio de trigo avança no Brasil e na Argentina e negociações do etanol hidratado aquecem

Os preços do trigo no mercado de balcão registram pequenas altas, enquanto os do mercado de lotes registraram ligeiras quedas. Segundo pesquisadores do CEPEA, a liquidez interna está baixa, tendo em vista que agentes, sobretudo produtores, estão atentos ao campo.

O plantio avança no Brasil e na Argentina, e já ultrapassa a metade da área destinada ao cereal nesta safra em ambos os países. Segundo dados da Conab, 60% da área de trigo no Brasil já havia sido plantada até o dia 17 de junho, 4,60% acima do registrado no mesmo período de 2022. Na Argentina, o plantio atingiu 58,10% da área destinada para o trigo até o dia 22, um avanço de 18,60% na semana.

Açúcar

O clima seco ao longo da última semana favoreceu a colheita de cana-de-açúcar no estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do CEPEA, este movimento aumentou a oferta de lotes do açúcar cristal branco para pronta-entrega no mercado spot paulista, em especial o tipo Icumsa 180, contexto que pressionou os preços médios do adoçante. A liquidez foi maior nos últimos dias. Outro fator que exerceu pressão sobre os preços domésticos foram as quedas das cotações internacionais do demerara e da taxa de câmbio.

Etanol

Os negócios do etanol hidratado se aqueceram na última semana nos estados da região Centro-Sul, com exceção de São Paulo, onde a liquidez foi menor e os preços caíram. Especialmente em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, as transferências para bases paulistas aumentaram. Segundo levantamento do CEPEA, um dos motivos para a maior liquidez em outros estados pode ter sido a proximidade da mudança tributária que pode ocorrer ainda nesta semana. O valor do PIS/COFINS deve aumentar para ambos os combustíveis (gasolina e os etanóis anidro e hidratado). Neste cenário, distribuidoras se anteciparam às compras, com maior participação de algumas de maior porte. Outro fator para o aumento dos negócios pode estar atrelado à vantagem de preços do etanol hidratado sobre a gasolina C, que vem sendo registrada há três semanas nas bombas em São Paulo e também de outras importantes capitais.

 Fonte: CEPEA
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