Plantio de soja no Brasil se aproxima do fim; em geral, clima ajuda

O plantio da safra brasileira de soja está praticamente encerrado e, em geral, as lavouras estão se desenvolvendo bem, com alto potencial produtivo, disse a consultoria AgRural nesta segunda-feira.

No norte do Paraná e Piauí, no entanto, as lavouras sofrem com a falta de chuva.

O plantio no país atingiu, até o fim da semana passada, 94 por cento da área estimada, contra 89 por cento uma semana antes, e dentro da média dos últimos cinco anos.

Os trabalhos estão encerrados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, e muito perto da conclusão no Paraná e no Rio Grande do Sul.

“No Piauí, o plantio cobre 50 por cento da área e está atrasado por causa da falta de chuva. Nesta semana, apenas a região mais próxima da divisa com a Bahia avançou com a semeadura, pois havia recebido maiores volumes de chuva na semana anterior”, disse a AgRural em relatório semanal.

Sobre o norte do Paraná, a consultoria disse que as chuvas recentes melhoraram as condições das lavouras na região de Londrina, onde já havia sinais de falta de umidade. “Em Cornélio Procópio, porém, a situação ainda não se regularizou e os mapas climáticos não animam.”

COMERCIALIZAÇÃO

As vendas antecipadas da safra brasileira de soja 2013/14 avançaram cinco pontos percentuais em novembro, o que representa aproximadamente 4,5 milhões de toneladas, segundo levantamento da AgRural.

O mês passado terminou com 39 por cento da produção estimada vendida, contra 34 por cento no final de outubro.

No mesmo momento de 2012, a comercialização antecipada da safra 2012/13 estava bem mais adiantada, estimulada por preços recordes no mercado internacional. Até o fim de novembro passado, 59 por cento da safra anterior estava comercializada.

Os índices atuais, no entanto, estão em linha com a média de cinco anos para a comercialização antecipada, de 35 por cento, segundo a consultoria.

“Entre os principais produtores, Goiás segue na dianteira, com 50 por cento. Em seguida aparece Mato Grosso, com 48 por cento”, disse a AgRural.

No norte de Mato Grosso e no oeste do Paraná, onde a colheita se aproxima e a perspectiva é de boa safra, as negociações começaram a avançar mais significativamente, disse a consultoria.

“Para vender volumes maiores, porém, os produtores querem que os valores oferecidos pela saca voltem aos patamares de agosto, quando câmbio e Chicago trabalharam juntos a favor dos preços brasileiros”, completou.

Nesta segunda-feira, a soja na bolsa de Chicago é negociada a cerca de 13,40 dólares por bushel, queda de aproximadamente 8 por cento ante a máxima de agosto e de cerca de 18 por cento ante o pico do ano, de 16,30 dólares, registado no início de julho.

Fonte: Reuters

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