O plantio de soja desta safra 2018/19 tem sido o mais rápido da história, pelo menos até agora. Segundo a consultoria AgRural, até o dia 11 de outubro, 20% da área estimada para a temporada havia sido semeada, com avanço semanal de 10%.
Há um ano, 12% da área prevista para a safra 2017/18 estava plantada até a mesma data, de acordo com a consultoria. A média dos últimos cinco anos para o período é de 10%. Se comparado ao ritmo de 2016/17, o mais veloz até então registrado, o plantio está 2% adiantado.
No Paraná, o bom avanço do plantio no norte compensou parcialmente a lentidão causada pelas chuvas frequentes no oeste. Até quinta-feira, dia 11, cerca de 40% da área de soja do estado estava semeada, contra 30% há um ano e 29% na média de cinco anos, segundo a AgRural.
Em Mato Grosso, pancadas esparsas de chuva têm garantido umidade adequada e plantio acelerado em boa parte do estado, de acordo com levantamento da consultoria. Na quinta-feira, 34% da área estava plantada, contra 14% uma semana antes. O percentual supera os 31% do recorde de 2016 e também é mais elevado que os 18% do ano passado e os 14% da média de cinco anos.
Em Mato Grosso do Sul, os volumes pluviométricos registrados na região sul do estado impediram um maior avanço do plantio, que chegou a 26%. Mesmo assim, a vantagem sobre os 14% do ano passado e os 15% da média dos últimos cinco anos ainda é bastante significativa.
Em Goiás, chuvas bem distribuídas na região sudoeste permitiram que os produtores locais acelerassem o plantio nesta semana. Até o dia 11, conforme os dados da AgRural, 13% da área goiana estava semeada, contra 1% uma semana antes, 3% no ano passado e 4% na média de cinco anos.
Em São Paulo, o ritmo acelerado já garante 30% de área plantada, bem à frente dos 6% da média dos últimos cinco anos e dos 8% da safra passada. A semeadura também teve início nesta semana no Rio Grande do Sul, onde 0,8% da área de soja do estado estava plantada até o dia 11.
Em relação aos demais estados, a AgRural indicou que o plantio chegou a 6% em Santa Catarina, 2% em Minas, 0,6% no Pará e 25% em Rondônia.
Fonte: Valor Econômico