Plantio da soja tem o maior atraso desde 1999 no Brasil e perdas já superam as 3 milhões de toneladas

A edição desta semana do relatório da França Junior Consultoria (FJC) está trazendo a segunda estimativa para a safra da soja brasileira 2015/16, ainda com o plantio não concluído, e, embora vá confirmando o 9º ano consecutivo de crescimento aponta perda expressiva em relação ao relatório anterior. De uma área plantada estimada de 32.092 milhões de hectares na safra 2014/15, estamos passando agora para 32.937 milhões de hectares, com aumento de 3%, praticamente em cima dos 32.922 milhões de hectares da intenção de plantio, divulgada em julho.

Os problemas centrais são: na região Sul e metade sul do Mato Grosso do Sul, temos excesso de umidade limitando o potencial produtivo; na região Sudeste, limitações em função do atraso na semeadura; na região Centro-Oeste, além também do atraso no plantio, temos agora escassez de chuvas na metade norte do Mato Grosso, já acumulando perdas parciais irreversíveis; por fim as regiões Norte e Nordeste, que observam grande atraso na semeadura e o pior começo de temporada da história em função da escassez de umidade.

Considerando esse perfil climático irregular, chegamos a produtividade revisada para 2.991 kg/ha, já com recuo em relação aos 3.087 kg/ha da previsão inicial, e com perda de 1,3% para os 3.029 kg/ha da safra passada. Dessa combinação resulta uma produção potencial reduzida de 101.132 milhões de toneladas da estimativa anterior, para 97.913 milhões de toneladas. Mas que em caso de confirmação ainda assim representaria aumento de 1% em relação as 97.026 milhões de toneladas da safra colhida em 2015.

Plantio da soja tem o maior atraso desde 1999 no Brasil

A semana encerrada em 18 de dezembro teve mais um avanço limitado do plantio da nova safra brasileira de soja, ainda menor do que o da semana anterior, chegando agora a apenas 95% da área estimada inicialmente. São agora três semanas seguidas de avanço difícil dos trabalhos por conta da irregularidade no volume e na cobertura das chuvas. E em algumas regiões essa complicação vem desde o início da temporada. Com isso o fluxo dos trabalhos segue abaixo dos 99% de 2014 e dos 98% da média para os últimos cinco anos. A rigor é o mais lento avanço da semeadura no país desde os 94% de 1999. Essa lentidão aconteceu por conta das chuvas limitadas e irregulares ocorridas na metade norte do Mato Grosso, região Norte e parte da região Nordeste.

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Fonte: França Junior Consultoria

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