A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que 7.937.030 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação da Peste Suína Africana. O número representa um aumento de 45.895 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 6 de fevereiro.
Os dados da FAO foram atualizados até a última quinta-feira (20/2). Os números da organização divergem das estimativas de mercado por contabilizarem somente os dados divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.
O aumento se deve, principalmente, ao número de suínos eliminados no Vietnã, que passou de 5.96 milhões para seis milhões de animais. O país tem a pior condição em termos de número de animais levados ao abate sanitário.
Segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do país, a epidemia atingiu 667 distritos em 63 províncias/cidades desde o relato da doença, em 19 de fevereiro.
A FAO informou ainda que 255 novos focos da doença foram detectados no continente asiático. Destes, a maioria, 191 ocorreram nas Filipinas e outros 62 na Coreia do Sul. Com a atualização, a FAO estima 4.992 focos da doença espalhados pela Ásia, contra 4.737 do relatório anterior.
Nas Filipinas, houve registro de 191 novos focos nos últimos 15 dias e quatro novas províncias foram afetadas (Benguet, Kalinga, Isabela e Davao do Sul). Mais 5.667 suínos tiveram de se ser abatidos em virtude destes novos casos.
No país, 143.430 animais já foram mortos em decorrência da contaminação com o vírus. Desde 25 de julho deste ano, quando o Departamento de Agricultura local confirmou o primeiro caso, foram identificados 223 focos em uma cidade e em 16 províncias.
Na Coreia do Sul, o número de casos detectados passou para 242, contra 180 no levantamento anterior. No período, 228 animais foram abatidos. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que, desde a notificação da doença, em 17 de setembro, três cidades foram atingidas pela epidemia e 450.000 suínos eliminados.
Um novo foco também foi detectado em Mianmar, com dez animais abatidos. No país, desde o primeiro caso detectado pelo governo, em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com cinco focos e já levou ao abate sanitário de 173 animais.
Nos demais países afetados, China, Indonésia, Laos, Coreia do Norte, Timor Leste, Mongólia e Camboja, os números se mantiveram inalterados em relação ao balanço anterior.
A China tem a situação mais crítica em termos de extensão, com 169 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país, desde a identificação da doença, 1.193 milhão de animais foram eliminados.
A Indonésia contabiliza 81.100 animais abatidos pela contaminação. Desde a confirmação da Peste Suína Africana pelo Ministério da Agricultura em 12 dezembro, 857 propriedades foram atingidas em 18 regiões da província de Sumatra Norte. No Laos, desde a detecção da epidemia, em 20 de junho, houve registro de 170 focos em 18 províncias e 49.000 animais foram eliminados.
A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado em 23 de maio, o que levou à eliminação de 77 animais. No Timor Leste, desde o primeiro caso confirmado, em 27 de setembro, 2.610 focos foram identificados, o que resultou no sacrifício de 16.000 animais.
Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso, detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3.115 animais – mais de 10% do plantel do país. No Camboja, segundo o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, a identificação da doença ocorreu em 2 de abril, e 2.850 animais foram mortos em cinco províncias foram atingidas.
Estadão Conteúdo
