Pesquisador desenvolve trigo que “destrói” glúten

Um pesquisador da Universidade de Clemson, nos Estados Unidos, está usando instalações de última geração no Centro de Pesquisa e Educação Pee Dee (REC) para ajudar a desenvolver uma nova variedade de trigo que seja segura para pessoas que sofrem de doença celíaca. O cientista Sachin Rustgi utiliza laboratórios fornecidos pelo Programa Avançado de Tecnologia de Plantas (APT) da Clemson para conduzir suas pesquisas.

“Este programa oferece um ambiente único para os pesquisadores”, disse Rustgi. “Ser um membro do programa me permitiu comunicar com outros pesquisadores que trabalham em diversas áreas das ciências biológicas, o que beneficia muito um projeto multidisciplinar como este”.

A nova variedade de trigo contém duas enzimas, uma de cevada que ataca o glúten – a proteína que dá aos pães, massas e cereais uma textura crocante e mastigável – e outro da bactéria Flavobacterium meningosepticum.

Essas enzimas, chamadas glutenases, decompõem o glúten no sistema digestivo humano e reduzem a quantidade de peptídeos do glúten indigeríveis em dois terços. Os peptídeos desempenham importantes funções biológicas, como a atividade reguladora nas células.

“Alimentos feitos de trigo com glutenases em seus grãos significam que as pessoas com celíase não precisam depender de suplementos alimentares em todas as refeições”, explicou Rustgi.

“Empacotando o remédio para as alergias do trigo e a intolerância ao glúten diretamente no grão, estamos dando aos consumidores uma terapia mais simples e de baixo custo. Também estamos reduzindo o perigo da contaminação cruzada com o trigo comum, pois as enzimas do nosso trigo também quebram o glúten”, disse o pesquisador.

 

Agrolink

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