Pesquisa pode favorecer a produção de eucaliptos no país

Demanda por eucalipto tem crescimento significativo no Brasil
Demanda por eucalipto tem crescimento significativo no Brasil

 

Os pesquisadores da Embrapa, em parceria com os Estados Unidos e África do Sul, concluíram o sequenciamento genético do eucalipto. O trabalho, que ganhou destaque internacional, é o primeiro passo para o desenvolvimento de variedades adaptadas às diferentes regiões do país e deve alavancar a produção nacional. A pesquisa durou sete anos.

No Brasil, o Ministério da Agricultura acredita que o estudo vai contribuir para o crescimento do setor, aliando abertura de mercado com a preservação do meio ambiente. Atualmente, há muita demanda de lenha para secadora de grãos. Apesar do mercado aquecido, muitos produtores enfrentam dificuldades para encontrar plantas de qualidade, que se adaptam às diferentes regiões, climas e solos.

A silvicultora Juliana Galvarros é um exemplo desse cenário, ela investiu na produção de eucaliptos e deu certo. Hoje, ela produz anualmente três milhões de mudas.

– Nós produzimos cinco variedades de mudas do bioma cerrado. O mercado esta bem favorável, a demanda esta crescendo bastante, o cenário bem positivo – comenta Juliana Galvarros.

Apesar do cenário positivo, a produtora ainda encontra problemas na hora de encontrar variedades que favoreçam a produção final.

– Nós temos dificuldade por conta da adaptação dessas variedades para certas produções. O melhoramento genético é desenvolvido regionalmente e, às vezes, essas variedades melhoradas não apresentam todas as suas qualidades em outra região. O que acaba desfavorecendo a produção final. A qualidade do eucalipto acaba caindo – ressalta a produtora Juliana Galvarros.

O trabalho da Embrapa é o primeiro passo para suprir a necessidade de variedades especificas para cada região do país

– O impacto vai ser muito grande, principalmente no melhoramento genético. No entendimento da resistência do eucalipto a estresses ambientais, frente às novas mudanças climáticas, que vem acontecendo e a gente tem a tendência de desenvolver novas variedades, que possam se adaptar a seca, a chuva – explica Dario Grattapaglia, pesquisador da Embrapa.

 

Fonte: Rural BR

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