Pecuária nacional prevê um movimento de recuperação do setor

Com o crescimento da população mundial, a tendência é que tenhamos uma maior demanda internacional pela carne bovina – Imagem de Erico ericojr por Pixabay

O rebanho bovino brasileiro conta, atualmente, com cerca de 200 milhões de cabeças e, em 2023, o setor pecuário  faturou R$ 338,3 bilhões, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Mas a atividade tem amargado muitos desafios nos últimos anos, a exemplo da queda significativa do preço da arroba do boi. Entretanto, pecuaristas e pesquisadores acreditam que a pecuária nacional está entrando em movimento de recuperação.

O diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Chequer Jabour Chequer, falou que apesar de a arroba do boi ter caído, sendo uma questão atual da conjuntura mundial, esse cenário tende a reverter. “O nosso rebanho é expressivo em relação ao do restante do mundo. Somos um dos principais produtores e exportadores de carne bovina. Acredito que, num prazo razoável, teremos uma recuperação do preço da arroba”.

Aumento da demanda

Chequer explicou ainda que a tendência, com o crescimento da população mundial, é que tenhamos uma maior demanda internacional pela carne bovina, aliado à expansão de frigoríficos em países com população significativa, como é o caso da China.

“A demanda chinesa caminha para um firme crescimento no futuro. Como consequência, o fortalecimento do setor pecuarista. Vale ressaltar que a qualidade da nossa carne tem aumentado significativamente. O Brasil é um país que transmite muita confiança para os importadores de carne bovina devido a sanidade desses produtos e pelo avanço nos cuidados com o rebanho”, disse o diretor técnico da SNA.

Qualidade do rebanho

Outro aspecto importante, citado pelo representante da SNA, é que a pecuária brasileira deu um salto muito grande na questão dos produtos gerados, na qualidade dos bovinos, aprimorando a genética. “Isso tem sido um fator fundamental em todo o segmento do gado de corte, podendo se dizer, hoje, que é um quadro muito diferente do que nós tínhamos há 15, 20 anos. Temos, atualmente, um gado revelando uma genética aprimorada com reprodutores e matrizes de alta qualidade. Eu enxergo o setor como muito promissor, em um futuro bem próximo, porque a tendência é que a demanda tenha um crescimento contínuo e forte. Afirmo sem qualquer medo de errar”, finalizou Chequer Jabour Chequer.

Por Larissa Machado
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