Em junho, como consequência da paralisação dos caminhoneiros no último decêndio de maio, houve forte incremento nos preços dos ovos no decorrer da primeira quinzena e o preço médio dos ovos brancos na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias) obteve ganho superior a 30% na comparação com maio. Mesmo com esse forte índice de crescimento mensal, em doze meses o preço médio ficou negativo em mais de 8%.
Já o produtor de milho na comercialização do seu produto, ao contrário do avicultor, sofreu perda mensal de quase 2,5%, mas, em doze meses, obteve índice de crescimento que superou os 57%.
Assim, com o forte incremento mensal na comercialização da caixa de ovos e a queda verificada na comercialização do milho, o avicultor precisou de menor volume de ovos para adquirir o cereal, melhorando seu poder de compra de maio para junho em quase 34%.
Entretanto, em doze meses, permaneceu alta a perda no poder de compra do produtor de ovos, próxima de 42%. Enquanto em junho do ano passado foram necessários somente 5,8 caixas de ovos para adquirir a tonelada de milho, neste ano foram necessários 9,9 caixas. Aliás, houve perda também em relação à média histórica dos últimos oito anos.
Por ora, a média de preços de ambos os produtos na primeira quinzena de julho indica nova piora no poder de compra do produtor de ovos.
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