‘ONU reconhece os benefícios que o Sistema Cooperativista presta aos povos’, comemora Naegele

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas, ao destacar a contribuição deste segmento para o desenvolvimento socioeconômico e reconhecer o seu trabalho para a redução da pobreza, geração de emprego e integração social. Este setor movimenta, atualmente, R$ 200 bilhões por ano, gera 300 mil empregos diretos e tem 11 milhões de cooperativados no País, de acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). “A ONU reconheceu os benefícios que o Sistema Cooperativista presta aos povos, ao considerar, em seus princípios básicos, as pessoas e não as riquezas materiais que eventualmente possuam”, pontua Joel Naegele, vice-presidente da SNA.

Neste ano, representantes e lideranças do setor também foram beneficiados com a criação da Câmara Temática do Cooperativismo Agropecuário, que servirá como um fórum para que governo, iniciativa privada, sindicatos e associações discutam políticas públicas a serem implementadas para o desenvolvimento do cooperativismo no Brasil.

Veja a entrevista com Joel Naegele:

SNA: 2012 foi o Ano Internacional das Cooperativas. O que isso pode contribuir para as ações neste setor para o ano que vem?


JN: A Organização das Nações Unidas, ao estabelecer que o ano de 2012 seria considerado o Ano Internacional das Cooperativas, reconheceu os benefícios que o sistema cooperativista presta aos povos, ao considerar em seus princípios básicos as pessoas e não as riquezas materiais que eventualmente possuam. Pobres, ricos, pequenos e grandes convivem democraticamente dentro do sistema sem privilégios. Segundo o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, a nova visão mundial premia o bem-estar da população e nada mais importante para o cooperativismo do que a convivência, na mesma casa, de pessoas unidas em torno de um ideal comum. A ONU acertou ao homenagear o cooperativismo num momento em que sérios conflitos geram sacrifícios e destruição no mundo.

SNA: Quais os principais benefícios para os produtores que decidem fazer parte de uma cooperativa?

JN: Os grandes benefícios que os produtores têm ao se filiar ao cooperativismo é a certeza de que serão tratados da mesma forma, produzam a quantidade que produzirem, com a tranquilidade de saberem que os preços a serem praticados pelos produtos fornecidos serão iguais, independentemente das quantidades que serão entregues para comercialização. Sabem também que serão premiados pela qualidade dos produtos que oferecem sem privilégios de qualquer espécie. Nas decisões em assembleias, cada cooperado tem um voto, ou seja, trata-se de uma sociedade de pessoas e não de capitais.

SNA: Que áreas agrícolas estão se destacando mais no mercado?

JN: Sem dúvida que o destaque na área agrícola é a produção de alimentos para um mundo que vê sua população aumentar significativamente, necessitando de maiores investimentos, não só na produção, mas, principalmente, na infraestrutura capaz de suportar o aumento da produção e a sua distribuição.

SNA: Que cadeia produtiva ainda precisa de investimentos para crescer nesta área?

JN: Não destacaria apenas uma cadeia produtiva para aumento de investimentos. Neste momento, todas as cadeias produtivas merecem e necessitam de mais cuidados e investimentos.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp