Oferta de carne bovina é alta, mas baixo poder de compra mantém consumo limitado

Do lado da oferta doméstica, ao analisar dados de produção, exportação e de importação, o CEPEA estima que a disponibilidade de carne bovina tem aumentado no mercado interno desde 2022 – Foto de Madie Hamilton na Unsplash

A oferta de animais para abate e, consequentemente, de carne bovina está elevada, mas o ainda fragilizado poder de compra do brasileiro mantém baixa a demanda pela proteína.

Nesse cenário, os preços da carne negociada no atacado da Grande São Paulo seguem em queda. Dados do CEPEA mostram que em março, a carcaça casada bovina foi negociada, em média, a R$ 16,39/kg no mercado atacadista da Grande São Paulo, queda de 1,90% em relação à de fevereiro.

Do lado da oferta doméstica, ao analisar dados de produção, exportação e de importação, o CEPEA estima que a disponibilidade de carne bovina tem aumentado no mercado interno desde 2022.

No ano passado, 7.4 milhões de toneladas de carne teriam sido ofertadas para o varejo brasileiro, o que seria equivalente a 36 quilos de carne bovina por habitante, volume que se iguala ao recorde de 2013, também na casa de 36 quilos por habitante. Em relação a 2022, o aumento no volume “per capita” foi de 13,50%. Caso a oferta de animais para abate siga elevada, a sustentação dos preços da carne continuará pautada nas vendas externas.

Suínos: Poder de compra em relação ao farelo de soja é o maior desde novembro de 2020

Levantamentos do CEPEA mostram que o poder de compra de suinocultores paulistas em relação ao farelo de soja vem aumentando há três meses, atingindo em março, o melhor resultado desde novembro de 2020, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/24). Isso porque, enquanto o preço do animal vivo se sustentou em relação a fevereiro, o do derivado caiu fortemente.

Em relação ao milho, o poder de compra do último mês foi o maior desde novembro do ano passado, também em termos reais. Considerando o suíno negociado na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas (SP), o suinocultor paulista pôde comprar, na média de março, 3,55 quilos de farelo de soja com a venda de um quilo do animal, volume 7% superior ao adquirido em fevereiro. Quanto ao milho, no mesmo período, foi possível a compra de 6,39 quilos do cereal, volume 0,70% maior.

Fonte: CEPEA
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