Oferta ajustada garante forte valorização no preço do suíno

O mercado brasileiro de carne suína registrou mais uma semana de alta nas cotações, o que contrariou a expectativa de uma acomodação dos preços a partir da segunda metade do mês.

De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Hedler, o mercado segue no mesmo ritmo da primeira metade de outubro, impulsionado pela oferta ajustada no mercado interno e pela forte valorização das carnes concorrentes, especialmente a bovina. O preço médio do quilo vivo chegou a R$ 4,33 no Centro-Sul, avançando 2,4% frente aos R$ 4,23 praticados na semana passada.

Em São Paulo a arroba chegou a atingir R$ 100,00 no início da semana, acima dos R$ 95,00 praticados na semana anterior, mas acabou recuando R$ 1,00 ontem e ficando em R$ 99,00. Nos demais estados, com exceção de Rondonópolis, no Mato Grosso, o preço se manteve ou subiu frente à semana anterior.

No atacado, o preço da carcaça apresentou valorização de 2,7%, passando de R$ 6,66 para R$ 6,84 no Centro-Sul. “O aumento foi puxado por São Paulo, onde a carcaça especial teve valorização de 3,5%, passando de R$ 7,15 para R$ 7,40”, destaca Hedler. Já o preço médio do pernil apresentou aumento de 1,5% no Centro-Sul, de R$ 7,16 para R$ 7,26. “A maior alta, de 3,6%, ocorreu no mercado mineiro, onde o quilo do pernil com osso passou de R$ 6,90 para R$ 7,15”, comenta.

Hedler afirma que as exportações de carne suína em outubro vêm avançando bem, com possibilidade de atingir o melhor resultado no ano. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, nos treze primeiros dias úteis do mês, foram embarcadas 26.000 toneladas, com uma média diária de 2.000 toneladas, incremento de 22,2% se comparado a média diária de 1.600 toneladas registradas no mês de setembro. “Se o volume médio exportado se mantiver entre 1.800 a 2.000 toneladas por dia, o volume final pode chegar a 50.000 toneladas”, projeta Hedler.

A análise de preços de Safras & Mercado apontou que no Rio Grande do Sul o quilo vivo na integração passou de R$ 3,37 para R$ 3,39. No interior, o quilo vivo avançou de R$ 4,62 para R$ 4,70. Em Santa Catarina o preço do quilo subiu de R$ 3,38 para R$ 3,43 na integração e de R$ 4,50 para R$ 4,60 no interior. No mercado livre do Paraná o preço passou de R$ 4,39 para R$ 4,50, enquanto na integração a cotação subiu de R$ 4,25 para R$ 4,39.

No Mato Grosso do Sul a cotação seguiu em R$ 3,40 na integração. Em Campo Grande a cotação continuou em R$ 3,90. Em Goiânia, o preço avançou dez centavos e chegou a R$ 4,90. No interior de Minas Gerais a cotação passou de R$ 4,80 para R$ 4,90, com o quilo avançando de R$ 4,40 para R$ 4,50 no mercado independente. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo caiu de R$ 3,70 para R$ 3,68 em Rondonópolis, mas foi elevado de R$ 3,68 para R$ 3,93 na integração do estado.

 

Fonte: Agência Safras

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