No momento é praticamente impossível prever o preço do trigo e das farinhas. É o que indica a T&F Consultoria Agroeconômica. “Há vários fatores em jogo, alguns determinantes, que podem alterar tudo. O principal deles é o clima, que pode mudar a oferta de trigo nacional e que determinará o aumento ou não das importações com as suas consequências (dólar alto, preço em elevação, fretes maiores)”.
Por enquanto, de acordo com o analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, a safra do sul o Paraná, todo o Estado de Santa Catarina e todo Rio Grande do Sul estão em excelentes condições. As últimas indicações da meteorologia, porém, indicam fortes chuvas à frente, podendo reduzir tanto o volume quanto a qualidade das safras nestas localidades.
“Se isto se confirmar, teremos de importar um volume maior. Este é o primeiro ponto. O segundo ponto é que o preço do trigo argentino (e paraguaio e uruguaio) tem potencial de elevação diante da grande demanda mundial que está caindo. E ainda cairá, como já anunciaram os importadores do sudoeste da Ásia”, disse Pacheco.
“O terceiro ponto é que o dólar, que hoje está ao redor de R$ 4,08, poderá, eventualmente, cair numa barrigada nos últimos dois meses do ano, mas tenderá a se manter acima deste nível no próximo ano, diante dos distúrbios previsíveis que deverão ocorrer na economia brasileira com as reformas que, qualquer que seja o presidente, terá de fazer para arrumar a economia”, afirmou o analista.
“A parte contrária não se conformará e se mobilizará com greves, bagunças em geral, etc., porque todos querem mudanças, mas poucos aceitam mudar”.
Fonte: Agrolink