Novo presidente da FPA, Marcos Montes defende Mapa como Ministério de 1º escalão

Novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Marcos Montes defende que as discussões sobre as demarcações das terras indígenas passem também pelo Congresso Nacional. Foto: Divulgação
Novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Marcos Montes defende que as discussões sobre as demarcações das terras indígenas passem também pelo Congresso Nacional. Foto: Divulgação

“O que nos importa é o fortalecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Não o desejamos como uma pasta de segundo escalão”, afirma o deputado Marcos Montes (PSD-MG), que assumiu a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no último dia 24 de fevereiro.

Em sua opinião, a valorização do Mapa “virá por meio da força política para confrontar outros ministérios e o seu titular ter um diálogo direto com a presidente Dilma Roussef e não ficar despachando e mendigando recursos com os ministros da Fazenda ou do Planejamento, saindo, muitas vezes, dessas audiências de mãos abanando”.

O novo presidente da FPA elogia a escolha da senadora Kátia Abreu (PMDB-T0) para dirigir a pasta da Agricultura, alegando que “ela nos dá esperança pelo vasto conhecimento do setor e da vida política e é inegável a sua contribuição maiúscula na defesa do agronegócio, haja vista a aprovação do Código Florestal que teve na CNA (Confederação Nacional de Agricultura) um dos principais pilares desta conquista”. ela Além disso, ela já exerceu a presidência da FPA e conta com a nossa simpatia e respeito”, completa.

Entre os itens prioritários de sua gestão, ele destaca uma das preocupações dos agricultores, que é a segurança jurídica, “a tão desejada paz no campo”, defendendo que as demarcações das terras indígenas passem também pelo Congresso Nacional.

“Queremos aprovar a PEC 215. Ano passado não conseguimos, mas neste começo de legislatura já conseguimos desarquivá-la. Acredito que daqui pra frente tudo vai ser diferente, muito embora estejamos enfrentando ações de ONGs estrangeiras que, aliadas a algumas brasileiras, tenta de todas as formas impedir nosso trabalho”, assegurou.

A Proposta de Emenda à Constituição nº 215/2000, se aprovada,  pode ser incluída na Constituição Federal, garantindo ao Legislativo o direito de apreciar as demarcações de áreas indígenas, do mesmo jeito com que se aprecia a demarcação de áreas de proteção ambiental ou de qualquer outro projeto de lei.

OUTRAS PRIORIDADES

Outras prioridades apontadas por Marcos Montes se relacionam ao seguro rural, à lei de acesso aos recursos genéticos, aprovada recentemente por meio dos esforços da FPA, à nova legislação de defesa agropecuária, à infraestrutura e logística, ao emplacamento de máquinas agrícolas, terceirização do trabalho, legislação para aquisição de terras por estrangeiros e à regulamentação da lei sobre trabalho escravo.

Sobre o trabalho escravo, o deputado reconhece que há muita discussão e incompreensão sobre o tema. “O que nós queremos é uma definição clara e objetiva no texto do que realmente seja trabalho degradante, estafante e análogo ao trabalho escravo para que o empregador, principalmente do meio rural, não fique à mercê dos agentes públicos que muitas vezes interpretam a legislação trabalhista ao seu bel prazer. Isso é inadmissível”, afirma.

DEFESA DO AGRONEGÓCIO

Segundo o parlamentar, “no seio da FPA, defendemos intransigentemente o setor produtivo rural, seus interesses, suas causas, suas bandeiras”.

“Nosso foco aqui é o fortalecimento desse setor que é, sem sombra de dúvida, o mais exitoso da nossa economia. Os números comprovam essa minha afirmação: ele representa 24% do PIB (Produto Interno Bruto), 30% dos empregos e mais de 40% das exportações. É um setor pujante e bem que poderia merecer mais atenção do governo. Meu sentimento é de que, por meio do diálogo, das negociações e muita conversa, é possível desanuviar esse cenário.”

COMPOSIÇÃO

Atualmente, 205 parlamentares integram a Frente Parlamentar da Agropecuária, entre deputados e senadores, com perspectiva de alcançar, segundo Marcos Montes, em torno de 250 ou 260 membros. E explica que, “além daqueles considerados pioneiros, muitos estreantes estão demonstrando interesse em se integrar à FPA. Afinal, a nossa bancada é uma das mais combativas e uma das mais organizadas no Congresso Nacional. Todos reconhecem”.

Além do presidente, a diretoria da FPA é formada por um vice do Senado e um da Câmara, além de vice-presidentes que representam as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul, e ainda por secretários e coordenadores político, jurídico e institucional. Fundada em 1995, a Frente Parlamentar da Agropecuária é considerada uma das mais atuantes e influentes no Congresso Nacional e tem como principais objetivos estimular e ampliar as políticas públicas para o desenvolvimento do agronegócio nacional.

Por equipe SNA/SP

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