Novo museu em Minas Gerais será dedicado à memória do agro brasileiro

Alysson Paolinelli: museu terá o nome do ex-ministro da Agricultura. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A cidade de Uberaba, em Minas Gerais, será a sede do primeiro museu dedicado à memória do agronegócio brasileiro.

A construção do Museu do Agronegócio Sustentável Alysson Paolinelli (Masap) está prevista para o próximo ano na fazenda modelo Getúlio Vargas, pertencente à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e cedida à Empresa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

No entanto, o projeto para a estruturação do novo espaço, que será inaugurado em 2024, já está em andamento. Conduzido pelo Centro Internacional para Inovação e Transferência de Tecnologia Agrícola e Pecuária (Ciitta), o museu receberá recursos do Banco Bradesco. A estimativa é que sejam investidos de R$ 100 milhões a R$ 130 milhões.

“Preservar a história do agronegócio brasileiro é essencial para o entendimento da dura trajetória que o País percorreu nos últimos 50 anos, até se tornar um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou Cléber Guarany, presidente do Ciitta.

“O Museu do Agro Alysson Paolinelli terá o importante papel de expressar as transformações técnicas para uma agricultura cada vez mais sustentável e produtiva, que consegue alinhar a preservação dos recursos naturais, com inclusão social e geração de emprego e renda”.

Versão virtual

Além da estrutura física, o museu também terá sua versão virtual. “Será uma oportunidade de conhecer o que o Brasil fez e está fazendo no setor agropecuário”, afirmou Guarany. Nesse sentido, a ideia é mostrar como as produções agrícola e pecuária no Brasil são altamente sustentáveis.

“O País já cometeu erros, mas tem muitas coisas boas sendo feitas em prol do meio ambiente e estamos caminhando para ser a agricultura mais sustentável do mundo. Vamos mostrar ao mundo que a agricultura é sustentável e continua avançando”, acrescentou o executivo.

História

“Esse projeto já começa grande no nome, Alysson Paolinelli, o homem que comandou a grande transformação do Brasil, que passou de um país importador de alimentos para grande exportador de alimentos para o mundo todo”, destacou o coordenador do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) e titular da Academia Nacional de Agricultura da SNA, Roberto Rodrigues.

“O museu aproximará o campo e a cidade, trazendo a história e toda a relação com a área internacional, conquistando cada vez mais mercado”.

Para o próprio Alysson Paolinelli, o anúncio da construção do museu foi uma grande surpresa. “Fiquei muito feliz quando me contaram que o museu terá o meu nome”, disse o ex-ministro da Agricultura, que foi novamente indicado para concorrer ao Nobel da Paz.

Excelência

A museóloga e diretora da Expomus, Maria Ignez Mantovani Franco, também está empenhada no projeto. “O museu será um espaço de inovação continuada, que irá comunicar globalmente a excelência do agro brasileiro, bem como o compromisso assumido em escala global de atuar por meio de parcerias voltadas a reduzir a fome no mundo e priorizar soluções ambientalmente sustentáveis”.

Seu maior compromisso, segundo Maria Ignez, será “transformar as novas gerações em agentes capazes de produzir alimentos de forma consciente e em harmonia com a natureza, minimizar impactos ambientais e atuar ativamente contra as desigualdades sociais”.

Enfim, complementou a especialista, “será um museu que terá como essência discutir a segurança alimentar global por meio de ações educacionais transformadoras, capazes de gerar impacto social relevante”.

 

 

Fontes: Canal Rural e Diário do Comércio

Equipe SNA

 

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