Consultores agrônomos vindos de todo o Brasil e de países das Américas do Sul, Central e do Norte se reuniram com autoridades acadêmicas e especialistas no evento NutriExperts, no interior de São Paulo, em palestras que abriram espaço para discussões e análises sobre o trabalho no dia a dia nas lavouras, e as decisões que podem ajudar a elevar os resultados das culturas – anuais, perenes ou de florestas.
Ao longo de dois dias, foram apresentados estudos que confirmaram o importante papel das tecnologias – especialmente aquelas para a nutrição e fisiologia de plantas – na evolução no campo.
As soluções tecnológicas devem trazer aumento de produtividade, qualidade, diminuição de custos, redução do impacto ambiental e social, além de praticidade operacional para o produtor.
Ithamar Prada, engenheiro agrônomo formado pela ESALQ – USP e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Produquímica, organizadora do evento, esclareceu que as plantas precisam receber os nutrientes de forma equilibrada do início ao final do ciclo, visando a atingir alta performance agronômica, que significa: “Alta produtividade, sanidade (nutrição visando redução de estresse biótico), estabilidade de produção (nutrição visando redução de estresse abiótico), qualidade da semente, qualidade nutritiva e sensorial dos alimentos, todos estes pontos com objetivo de melhorar a rentabilidade e sustentabilidade do negócio de nossos clientes.”
Neste contexto, ficou claro o papel do País para ajudar a suportar a alta demanda por alimentos. Em dez anos, haverá 8 bilhões de pessoas no planeta. Um hectare plantado que alimentava duas pessoas em 1960, alimentava quatro em 1995.
Em 2025, esse mesmo hectare deverá alimentar cinco pessoas. Mesmo com o atual cenário de crise, o agronegócio brasileiro ainda é respeitado mundialmente por sua força, porque representa 30% do PIB e gera um terço dos empregos. Segundo a FAO, nas próximas décadas, 50% do aumento da produção de alimentos virão do Brasil.
“Nosso papel é gerar plantas cada vez mais próximas de ter os compostos completos. Os desafios mudaram e queremos produzir mais”, disse Ithamar, em relação aos passos para atingir a excelência no campo.
O teto de produtividade de hoje não é igual ao que era há alguns anos, ou seja, é possível produzir mais, com qualidade, mas, para manter essa curva crescente, estudos, novas tecnologias e investimentos são necessários.
Para atingir esse objetivo, o diretor de negócios agrícolas da Produquímica, Paulo Cau, finalizou o evento enfatizando que todos os consultores têm um papel importante como formadores de opinião para ajudar os produtores a fazer as melhores escolhas para as lavouras.
Fonte: Agrolink