Negócios com soja em maio só ganharam ritmo com repique do dólar

O mês de maio foi marcado por poucos negócios e preços perto da estabilidade no mercado brasileiro de soja. A movimentação só ganhou ritmo no auge da crise política, no dia 18, quando o dólar subiu cerca de 8% e trouxe os produtores de volta ao mercado.

Naquele dia, o Porto de Paranaguá registrou negócios de até R$ 74,00 a saca de 60 quilos. O preço abriu o mês a R$ 68,00 e retornou à casa de R$ 68,20 no final do mês. No interior, em Cascavel (PR), o preço recuou de R$ 62,00 para R$ 61,00 em maio.

Em Passo Fundo (RS), a cotação subiu de R$ 62,50 para R$ 63,00. Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 58,00. Em Dourados (MS), o preço subiu de R$ 55,00 para R$ 56,00. Em Rio Verde (GO), a cotação baixou de R$ 60,00 para R$ 57,50.

O comportamento do dólar foi determinante para o desempenho da soja em maio. A moeda chegou a superar a casa de R$ 3,40 quando a possibilidade de renúncia do presidente Michel Temer parecia iminente. Neste período, os negócios ganharam ritmo no Brasil.

A moeda norte-americana acumulou valorização de 1,95%, iniciando o mês de maio a R$ 3,175, encerrando a R$ 3,237. A alta do dólar, no entanto, foi amenizada pelo desempenho dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

O vencimento julho/2017 registrou desvalorização de 4,42% no mês, encerrando a US$ 9,16/bushel, a menor cotação em mais de 13 meses. O cenário mundial de ampla oferta com a entrada da safra sul-americana e o bom desenvolvimento do plantio nos Estados Unidos pressionaram o mercado futuro.

As exportações de soja em grão do Brasil renderam US$ 4.063 bilhão em maio (22 dias úteis), com média diária de US$ 184.7 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 10.959 milhões de toneladas, com média diária de 498.200 toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 370,80.

O volume embarcado em maio foi o maior da história do país para um único mês. Na comparação entre a média diária de maio e abril, houve queda de 15,8% no valor exportado e de 14% no volume embarcado. O preço teve queda de 2%. Na comparação com maio de 2016, houve uma elevação de 7,7% na receita, de 5,5% no volume e alta de 2,1% no preço.

 

Fonte: Agência Safras

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