“Por enquanto, pelo que se pode ver no mercado e nas perspectivas daqui para frente, este ano é possível (vender a saca de soja a) R$ 75,00. É prudente não vender abaixo de R$75,00, ou vender muito pouco nos três estados da região Sul do Brasil ou em seus equivalentes para o Centro-Oeste”. A avaliação é de Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica.
Segundo o especialista, a recomendação, que também tem sido feita em suas palestras, é a de que o produtor precisa fixar uma “meta de preços, um objetivo de lucro”. “No ano passado, esta meta era R$ 80,00 a saca, mas as circunstâncias mudaram muito de lá para cá, com crise entre Estados Unidos e China e recuperação da produção da Argentina”, disse Pacheco.
O analista exemplificou citando o Rio Grande do Sul, que tem soja disponível com preços na casa de R$ 75,00 no interior, para embarque imediato e pagamento no mês de março/19. Segundo Pacheco, a soja futura parada vale R$ 80,00 para entrega no mês de maio e pagamento em 14 de junho.
“O que mantém os preços da soja no interior é que as esmagadoras ainda estão cumprindo vendas de Bio já feitas em leilões anteriores. O farelo caiu, porque o farelo americano está muito barato, então a exportação parou. E, no mercado interno, todos os esmagadores estão ‘brigando’ pelo farelo. É a sazonalidade normal de janeiro”, afirmou o analista.
“A conta dos esmagadores está em cima do Bio já vendido; logo, as esmagadoras perderão o fôlego (quando acabar o volume dos leilões). Em dólar, acreditamos que os preços do segundo semestre serão melhores, mas e a taxa de câmbio? Ninguém sabe”.
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