Skaf na Fenasucro 2013: ‘Falta de uma política clara para o setor pode custar muito caro’

Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Foto: Divulgação)
Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Foto: Divulgação)

Terminou na sexta-feira, 30 de agosto, em Sertãozinho, a 21ª Fenasucro – Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética, edição que ocorreu em momento muito importante para os produtores de açúcar e etanol: a aprovação da Medida Provisória 613, pela Câmara dos Deputados, que se refere ao crédito presumido relacionado ao PIS/Pasep e Cofins e visa desonerar a cadeia produtiva do álcool com isenção de R$ 0,12 por litro.

Segundo o presidente da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, que esteve presente na abertura da Fenasucro,  “é fundamental que os empresários tenham seus investimentos compensados. A falta de uma política clara para o setor pode custar muito caro, como voltar a importar gasolina daqui a alguns anos”.

No primeiro painel da Datagro Ceise Br Conference – Fenasucro, Perspectivas do Mercado Mundial e Avaliação da Safra 2013/2014, que deu início à programação da feira,  Plínio Nastari destacou o cenário mundial de produção de cana-de-açúcar. Segundo ele, a previsão de produção dos principais concorrentes do país deve se manter estável, enquanto a estimativa da safra brasileira para 2013/14 deve crescer 47.410 milhões de toneladas, para 635.32 milhões/t, ante 587.91 milhões/t produzidas na safra anterior.

“Com os preços mais baixos do açúcar, existe uma tendência para a produção de etanol. Dessa forma, a desoneração pode ser um impulso ainda mais efetivo diante deste cenário. Além disso, o Brasil tem hoje uma frota circulante de mais de 10 milhões de carros flex e com grande potencial de crescimento”, justificou Nastari.

Segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), o volume produzido de etanol, deverá atingir 25,37 bilhões de litros, aumento de 18,77% comparado à produção da última safra, de 21,36 bilhões de litros. De acordo com Eduardo Leão, diretor executivo da Unica, esses números sustentam a expectativa de que o etanol volte a ter 50% de participação nos carros flex. “Precisamos de uma política que reconheça as externalidades positivas desse combustível, que é fonte limpa e renovável de energia”, reivindicou.

Por Equipe SNA/SP

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