Mato Grosso já colheu 21,3% e vendeu 67,4% do milho

Com a safra 2017/18 de 26.71 milhões de toneladas de milho, o Mato Grosso produz 22,86 % mais do que os três estados da região Sul somados. Dessa forma, o Mato Grosso é considerado o grande fornecedor brasileiro, inclusive para estes consumidores de milho, entre os quais o Paraná, que é o segundo maior produtor nacional. A indicação é da T&F Consultoria Agroeconômica.

Segundo o analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, a colheita neste importante estado produtor está mais adiantada do que o ano passado, chegando a 21,3% da área plantada. Nesta mesma época, em 2017, os trabalhos estavam em 19,7%.

“No que se refere à comercialização, 67,4% já está comprometida, contra 60,8% do ano passado, no estado inteiro. Isto significa que a disponibilidade é de apenas 32,6% para o que resta do ano comercial”, disse Pacheco.

“Deve-se levar em conta, porém, que, neste ano, foram inauguradas mais duas fábricas de etanol de milho no estado, aumentando a demanda e diminuindo a disponibilidade para outros estados. Além disso, os problemas dos fretes, ainda não resolvidos, estão forçando a retenção do produto internamente no estado”, acrescentou o analista.

Mercado

O mercado de milho está bastante travado no país, aponta a T&F, com as honrosas exceções dos abastecimentos às pequenas granjas fábricas menores ou muito próximas das áreas de produção, onde os fretes são curtos ou feitos com caminhões próprios. Porém, a média dos preços está entre R$ 3,00 e R$ 5,00 mais baixa do que há 30 dias, quando chegaram a R$ 42,00/saca.

“Já os vendedores, que não aceitam os preços mais baixos, esperam ansiosos pelo início da demanda de exportação, que poderá escoar mais rapidamente a produção e fortalecer os preços”, afirmou Pacheco.

“Ocorre que, devido à greve dos caminhoneiros e a confusão das tabelas dos fretes, ainda não resolvida, houve atraso nos embarques de soja e na liberação da janela do milho nos portos, de modo que esta demanda poderá atrasar um pouco”, acrescentou o analista.

“Mas os agricultores e comerciantes estão de olho no dólar e em Chicago. De qualquer maneira, as médias do Índice do Cepea estão abaixo do vencimento de setembro na BM&F, o que mostra possibilidade de elevação de preços até lá”.

 

Fonte: Agrolink

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