MS colhe 72,8% da área de soja e mantém estimativa de 7.4 milhões de toneladas

Os agricultores de Mato Grosso do Sul colheram até o dia 11 de março, 72,8% dos 2.4 milhões de hectares cultivados com soja no estado. Apesar dos problemas climáticos, que ocasionaram perdas de até 40% em pelo menos um município, a Associação dos Produtores da oleaginosa (Aprosoja/MS) ainda projeta uma safra recorde de 7.4 milhões de toneladas do grão.

Segundo a Aprosoja/MS, dados apurados pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA), indicam que a colheita da safra atual continua atrasada quando comparada a evolução das últimas três temporadas. Em relação ao ciclo anterior, por exemplo, o atraso é de aproximadamente 14%.

A entidade aponta que condições climáticas desfavoráveis afetaram todo o ciclo de produção da oleaginosa. Primeiro foi a estiagem em outubro de 2015, época da semeadura, que forçou muitos produtores a aguardarem a chuva e a melhoria da umidade do solo para o plantio. Depois foi o excesso de chuva, entre dezembro e fevereiro, o que alagou muitas áreas, provocando, inclusive, perdas, além de favorecer o desenvolvimento de doenças nas lavouras.

O grande volume de chuvas, além disso, também afetou a infraestrutura logística, as estadas e pontes, utilizadas pelos produtores para chegar até as lavouras, o que dificultou o manejo adequado das áreas cultivadas e retardou o início da colheita, além de estar afetando neste momento, o escoamento da produção nas áreas onde o trabalho já foi realizado.

De acordo com a Aprosoja/MS, até o dia 11, as regiões sudeste e sudoeste do estado estavam com a colheita mais adiantada, com média de 81,6% das áreas cultivadas, enquanto que o norte e o centro seguiam em rimo mais lento, com 51,8%. O município de Douradina era mais avançado no procedimento, com percentual, até aquela data, de 98% do total.

Perdas

Segundo a Aprosoja/MS, dos 35 municípios analisados pelo Siga, nove já contabilizavam perdas nas lavouras de soja em razão do excesso de chuva. Os percentuais variam de 10% a 40%, sendo o maior registrado em Maracaju, justamente o maior produtor no Mato Grosso do Sul.

 

Fonte: G1

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