Cana-de-açúcar: Moagem no Centro-Sul totaliza 46.19 milhões de toneladas na segunda quinzena de maio

A segunda quinzena de maio manteve a trajetória crescente, com aumento da produção em relação ao ciclo anterior. Foram processadas 46.19 milhões de toneladas contra as 43.79 milhões de toneladas da safra 2022/2023, o que representa um aumento de 5,48%. No acumulado da safra 2023/2024, a moagem totalizou 125.38 milhões de toneladas, contra 107.38 milhões de toneladas no mesmo período no ciclo 2022/2023, um aumento de 16,76%.

Cana-de-açúcar

O aumento registrado no processamento de cana em relação à safra passada se deve às condições climáticas desfavoráveis que prejudicaram a produtividade agrícola no Centro-Sul durante os dois ciclos anteriores de colheita. Uma comparação considerando a safra 2020/2021 como referência, o último ciclo em que a moagem de cana superou 600 milhões de toneladas, mostra uma variação negativa de 13,81% ou, de uma forma absoluta, de 20.09 milhões de toneladas.

Na segunda metade de maio, seis unidades deram início as operações da safra 2023/2024. Ao término da quinzena, permanecem em operação 245 unidades no Centro-Sul, sendo 231 unidades com processamento de cana-de-açúcar, sete empresas que produzem etanol a partir do milho e sete usinas flex. No mesmo período, na safra 2022/2023, haviam 252 unidades produtoras em atividade.

Matéria-prima

No que diz respeito à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de maio foi de 135,22 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 128,72 kg por tonelada na safra 2022/2023, variação negativa de 5,06%. No acumulado da safra, o indicador marca o valor de 124,49 kg de ATR por tonelada (+1,89%).

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na segunda quinzena de maio totalizou 2.90 milhões de toneladas. Esse volume, quando comparado com o da safra 2022/2023 de 2.32 milhões de toneladas, representa um aumento de 25,16%. No acumulado desde 1º de abril, a produção do adoçante totalizou 6.97 milhões de toneladas, contra 5.06 milhões de toneladas do ciclo anterior (+ 37,70%).

Na segunda metade de maio, 2.08 bilhões de litros (+ 2,35%) de etanol foram produzidos pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total, o etanol hidratado totalizou 1.18 bilhão de litros (- 6,38%), enquanto a de etanol anidro totalizou 906.99 milhões de litros (+ 16,44%). No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de junho, a produção do biocombustível totalizou 5.77 bilhões de litros (+ 11,12%), sendo 3.39 bilhões de etanol hidratado (- 5,17%) e 2.37 bilhões de anidro (+ 47,24%).

Do total de etanol obtido na segunda quinzena de maio, 10% foram produzidos a partir do milho, totalizando 210.64 milhões de litros neste ano, contra 156.79 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2022/2023, um aumento de 34,35%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho foi de 907.62 milhões de litros, aumento de 52,19% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Vendas de etanol 

No mês de maio, as vendas de etanol totalizaram 2.39 bilhões de litros, o que representou um aumento de 1,56% em relação ao mesmo período da safra 2022/2023. Trajetórias distintas entre o hidratado e anidro persistem desde o início da safra, de modo que, para o primeiro, o volume comercializado em maio foi de 1.29 bilhão de litros, uma queda de 12,44% e, para o último, 1.11 bilhão de litros, um aumento de 24,69%.

No mercado interno, o volume de etanol hidratado totalizou 1.25 bilhão de litros, o que significa uma queda de 11,39% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda de etanol anidro atingiu a marca de 1.04 bilhão de litros, o que representa um aumento de 24,37%.

No acumulado da safra 2023/2024, a comercialização de etanol totalizou 4.48 bilhões de litros, o que representa uma queda de 1,89%. O álcool hidratado compreende uma venda no volume de 2.50 bilhões de litros (- 13,04%), enquanto o anidro de 1.98 bilhão (+ 17,09%).

Mercado de CBios

Dados da B3 registrados até o dia 12 de maio indicam a emissão de 13.86 milhões de CBios em 2023. Até a data supracitada, a parte obrigada do programa RenovaBio havia adquirido cerca de 48.40 milhões de créditos de descarbonização. Esse valor considera o estoque de passagem da parte obrigada em 2021 somada com os créditos adquiridos em 2022 e 2023, até o momento, estejam eles ativos ou aposentados. O horizonte temporal selecionado cobre as aquisições que compreenderão os créditos utilizados para atendimento das metas de 2022, cujo prazo havia sido postergado, e 2023.

Fonte: UNICA

 

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp