Moagem da cana registra recorde histórico, de 638 milhões de toneladas na safra 2023/24

No acumulado da safra 2023/24, a moagem totalizou 638.39 milhões de toneladas, contra 539.58 milhões de toneladas processadas no mesmo período no ciclo 2022/23, um aumento de 18,29% – Imagem de Freepik

A moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de dezembro registrou um aumento de 244,29%, na comparação com o mesmo período do ciclo passado. Foram processadas 19.08 milhões contra 5.54 milhões de toneladas. No acumulado da safra 2023/24, a moagem totalizou 638.39 milhões de toneladas, contra 539.58 milhões de toneladas processadas no mesmo período no ciclo 2022/23, um aumento de 18,29%.

Operaram na primeira quinzena de dezembro 184 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 167 unidades de processamento de cana, oito empresas que produzem etanol a partir do milho e nove usinas flex. No mesmo período, na safra 2022/23, operaram 85 unidades produtoras. Nesta quinzena, 79 unidades encerram a moagem, enquanto no acumulado já se contabilizam 162 unidades. No ciclo anterior, até 15 de dezembro, 214 usinas haviam terminado com seu período de processamento. Para a próxima quinzena, mais 83 unidades produtoras devem encerrar a safra.

No que diz respeito à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de dezembro foi de 117,15 kg por tonelada de cana-de-açúcar, contra 144,27 kg por tonelada na safra 2022/23, variação negativa de 18,80%. No acumulado da safra, o indicador marca o valor de 139,54 kg de ATR por tonelada (- 0,61%).

Produção de açúcar e etanol 

A produção de açúcar na primeira metade de dezembro totalizou 924.660 toneladas. Esse volume, quando comparado àquele registrado na safra 2022/23 de 302.780 toneladas, representa um aumento de 205,39%. No acumulado desde 1º de abril, a produção do adoçante totalizou 41.75 milhões de toneladas, contra 33.35 milhões de toneladas do ciclo anterior (+ 25,16%).

Na primeira quinzena de dezembro, 1.02 bilhão de litros (+ 113,69%) de etanol foram produzidos pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total, o de etanol hidratado foi de 681.03 milhões de litros (+ 225,48%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 269.89 milhões de litros (+ 27,02%). No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 15 de dezembro, a produção do biocombustível totaliza 30.87 bilhões de litros (+ 13,65%), sendo 18.40 bilhões de etanol hidratado (+ 17,57%) e 12.48 bilhões de anidro (+ 8,32%).

Da produção total de etanol na primeira quinzena de dezembro, 27% foram provenientes do milho, cuja produção foi de 281.09 milhões de litros neste ano, contra 199.33 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2022/23, um aumento de 41,01%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho totalizou 4.33 bilhões de litros, aumento de 41,92% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Vendas de etanol 

Na primeira quinzena de dezembro, as vendas de etanol totalizaram 1.43 bilhão de litros, o que representa um aumento de 25,90% em relação ao mesmo período da safra 2022/23. O volume comercializado de etanol anidro no período foi de 479.17 milhões de litros, queda de 4,69%, enquanto o etanol hidratado registrou vendas de 949.15 milhões de litros, aumento de 50,25%.

No mercado doméstico, as vendas de etanol hidratado na primeira metade de dezembro totalizaram 926.78 milhões de litros, aumento de 55,99% em relação ao ano passado. As vendas de etanol anidro totalizaram 466.59 milhões de litros, o que representa uma queda de 2,58%.

No acumulado da safra 2023/24, a comercialização de etanol totaliza 22.47 bilhões de litros, representando um aumento de 6,91%. O volume do hidratado é de 13.36 bilhões de litros (+ 9,60%), enquanto o do anidro é de 9.12 bilhões (+ 3,19%).

Mercado de CBios 

Dados da B3 registrados até o dia 21 de dezembro indicam a emissão de 33.28 milhões de CBios em 2023. Em posse da parte obrigada do programa RenovaBio há cerca de 28.31 milhões de créditos de descarbonização. Esse valor considera o estoque de passagem da parte obrigada em 2021 somada com os créditos adquiridos em 2022 e 2023, até o momento, subtraída a meta referente ao ano de 2022.

Fonte: UNICA 
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